quinta-feira, 25 abril 2024

Hortolândia e Itatiba são alvos da Operação Expresso contra sonegação no setor de café

Duas cidades da Região Metropolitana de Campinas, Hortolândia e Itatiba, têm alvos na Operação “Expresso” que desmantelou um esquema de sonegação de impostos estaduais e federais no setor de café em quatro Estados: Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, nesta terça-feira (16). A sonegação pode chegar a R$ 1 bilhão em impostos estaduais e federal.

A força-tarefa envolve a Receita Federal, Polícia Civil do Paraná e as Receitas Estaduais do Paraná e Minas Gerais, para desmantelar gigantesco esquema de sonegação do setor de café. As investigações contam com a participação da Receita Estadual do Estado de São Paulo, dos Ministérios Públicos do Paraná e Minas Gerais.

Estão sendo cumpridos 220 mandados judiciais, 35 prisões temporárias, 124 mandados de busca e apreensão e 61 sequestro de bens nos quatro estados. Foram apreendidos armas, dinheiro, coleções de relógios e carros de luxo.

Os detalhes sobre a operação na região serão informados em coletiva de imprensa ainda hoje. Por isso, não é possível informar, neste momento, quais foram os alvos na região e nem se ocorreram prisões.

A RF informou que os alvos da operação são pessoas físicas e empresas, entre os quais grandes atacadistas e corretores de café em grãos do Paraná, além de transportadores, proprietários e representantes de torrefações paranaenses conhecidas no ramo cafeeiro nacional.

O que a Receita Federal informou é que levantamentos iniciais apontaram que os valores devidos aos cofres públicos podem ultrapassar R$ 1 bilhão em impostos estaduais e federais, com multas e correção monetária, e creditação indevida de ICMS na compra e venda de café em grão cru durante comercializações interestaduais. Também praticaram crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

 Essa quantia seria suficiente para comprar mais de 17,24 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 ou implantar mais de 5.540 novos leitos de unidades de terapia intensiva em hospitais, informou a RF.

Em andamento há dois anos, as investigações foram feitas pela Polícia Civil do Paraná e de trabalhos anteriores das Receitas. Estão envolvidos na operação 111 servidores da Receita Federal, entre auditores, analistas e administrativos, 710 policiais civis, servidores das receitas estaduais e peritos.

Eles estão cumprindo 220 mandados judiciais, sendo 35 de prisão temporária, 124 de busca e apreensão e 61 de sequestro de bens, nos estados do Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.

 

As cidades alvos da operação:

Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em 39 municípios:

Paraná:

Londrina, Carlópolis, Cornélio Procópio, Ibaiti, Jandaia do Sul, Mandaguari, Maringá, Matinhos, Pérola, Rolândia e Santo Antônio da Platina

São Paulo:

São Paulo, Espírito Santo do Pinhal, Hortolândia, Itatiba, Itu, Leme, Santo Antonio do Jardim, São Bernardo do Campo e Santos

Espírito Santo:

Vitória, Colatina e Vila Velha

Minas Gerais:

Belo Horizonte, Aimorés, Andradas, Borda da Mata, Divino, Itamogi, Itueta, Manhuaçu, Matozinhos, Miraí, Muriaé, Ouro Fino, Patrocínio, Poços de Caldas, São Sebastião do Paraíso e Varginha.

(Foto: Reprodução)

(Foto: Reprodução)

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