sexta-feira, 26 abril 2024

Piloto de Americana é preso em operação da PF contra o tráfico

Um piloto de avião foi preso pela PF (Polícia Federal) de São Paulo, nesta quarta-feira (4), em Americana, suspeito de participação em uma quadrilha internacional de tráfico de drogas, que mensalmente trazia ao menos 1,5 tonelada de cocaína da Bolívia para o Brasil. 

Segundo a Polícia Federal, a maior parte da droga, 85%, tinha como destino o mercado europeu, com os carregamentos embarcando a partir do porto de Santos. A Polícia não revelou o nome do preso, nem local onde ele foi encontrado. 

As investigações fazem parte da “Operação Voo Baixo”, realizada em diversas cidades dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia, para cumprimento de 13 mandados de prisão temporária e 33 de busca e apreensão. Além de Americana, na região havia um mandado de busca e outro de prisão para um alvo de Campinas, porém o suspeito não foi localizado até o fechamento desta edição. 

Em entrevista ontem pela manhã, na Capital, delegados da Polícia Federal anunciaram que 10 dos 13 mandados de prisão foram cumpridos e houve ainda uma prisão em flagrante. A Operação investiga, além do tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem dinheiro. 

Entre os presos está um casal de São José do Rio Preto. O homem, que se apresentava como empresário em São Paulo e fazendeiro no Mato Grosso do Sul, é suspeito de chefiar a organização desde o falecimento do sogro dele, que em 2011 foi alvo de investigação semelhante. 

As demais prisões foram em Americana, na Capital, Bauru e Araçatuba, além de Rondonópolis (MT) e Governador Valadares (MG). Seis dos presos são pilotos de aviões de pequeno porte, segundo a PF. 

A quadrilha é investigada desde maio de 2018 e, segundo a PF, o bando tem ligações com a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que manteria esquemas em território estrangeiro, como é o caso da Bolívia. A informação dos federais é de que ao menos 19 aviões eram utilizados pela quadrilha, dos quais 11 foram apreendidos durante as investigações, que levaram ainda à apreensão de cerca 2,6 toneladas de cocaína. 

Sem revelar valores, a PF disse que a droga comprada pelos traficantes brasileiros na Bolívia tem o valor triplicado (300%) ao ser vendida no estado de São Paulo – e que essa majoração de preço alcança 5.000% ao ser comercializada no mercado europeu. 

Além do meio aéreo, o transporte das drogas em território brasileiro é feito, segundo a PF, também por meio de veículos, enquanto que o envio da cocaína para a Europa ocorreria, principalmente, por transporte marítimo, através do Porto de Santos. 

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