quarta-feira, 27 novembro 2024

Conheça o trabalho de captação de atletas feito por um profissional

Foto: Miguel Silva / Rede TodoDia

O futebol que consumimos diariamente é resultado de uma série de fatores. A pequena porcentagem de atletas que chegam ao topo e recebem os holofotes nos campos profissionais, na maioria das vezes, começaram a trabalhar neste sonho ainda na infância.

Porém, além do sonho e da busca por oportunidades, os jovens que querem trilhar este caminho precisam de pessoas que o formem e o preparem como atleta. E existem profissionais focados neste objetivo de captar e formar potenciais jogadores.

Melinho atualmente é um desses profissionais. Como treinador, e também na captação de jogadores. Muito conhecido na região, foi jogador profissional, revelado pelo União Barbarense e com passagens por Rio Branco, Guarani, Portuguesa, São Caetano e outros. Atuou também no exterior em países como Espanha, Grécia, Alemanha e Tchéquia.

“O principal é dar o suporte para a criança. É explicar, ‘isso você está fazendo errado’ ou ‘está fazendo certo, beleza, continua assim, mas vamos melhorar’. A experiência como jogador é sem dúvidas importante”, disse o ex-atleta sobre o quão relevante é um capacitador na carreira de um jovem.

Melinho trata sua escolinha como um sonho realizado. Tendo alunos na faixa de 4 a 12 anos de idade, ele ressalta que o primordial é o resultado para as crianças e não para a escolinha. “Quero a evolução dos meus alunos. Para mim não adianta os meninos ficarem dando chutão para ganhar um campeonato, eu prefiro que eles trabalhem e toquem a bola. Esse é o certo, na minha concepção”.

Agora, o profissional possui um novo desafio em sua carreira. Trabalhar na captação de atletas para a base da Internacional de Limeira.

Essa busca por potenciais jogadores começa desde a sua escolinha, localizada em Santa Bárbara d’Oeste, e segue em outros campeonatos e peneiras. O ex-jogador conta que existem meninos de 8, 9 anos que já precisam sair do “quadrado do society” e integrar um clube.

Nas peneiras, a realidade é um pouco mais dura, mas é um meio de avaliação ainda recorrentemente utilizado. “A primeira peneira que participei tinham 2600 crianças. A peneira é triste, mas infelizmente é necessária”, contou.

Trabalhando para o clube, os jogadores que chegam através dele não precisam passar pela peneira e já são integrados ao elenco da Inter.

“Os garotos que eu indicar não é sinal que eles vão chegar lá e já estar certo. Eles vão treinar com o pessoal de lá e o treinador é quem vai decidir se fica ou não”, explicou. Caso realmente dê certo a permanência, o atleta tem os direitos econômicos divididos entre clube, investidores e o olheiro.

A captação de atletas para equipe de Limeira engloba até jovens nascidos em 2006. O trabalho é árduo e delicado, pois envolve o sonho de inúmeros jovens.

Fora das quatro linhas, a sinceridade é a chave para lidar com essa faixa de idade, já que é a minoria consegue alcançar o alto nível do esporte. “O principal é ser honesto e jogar limpo com eles (jogadores) e com os pais”, afirmou.

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