
Ao completar 157 anos de história, Sumaré é motivo de orgulho para muitos moradores que acompanharam de perto o crescimento da cidade. Em um depoimento emocionado, Maria Vasconcelo de Carvalho, de 86 anos, que vive há 50 anos em Sumaré, relatou sua ligação com o município e destacou tanto as qualidades quanto os desafios do local que escolheu para viver.
“Eu conheço muita coisa por aí. Já viajei pelo Brasil, conheço o Sul de Minas, a Bahia, até outros países, mas Sumaré ainda é o melhor lugar que eu conheci para viver”, afirmou. Ela ressaltou a localização privilegiada da cidade, próxima da capital paulista, de aeroportos e das rodovias que dão acesso a várias regiões. “Quer ir para São Paulo? Em menos de duas horas você chega. Quer viajar? Em meia hora está no aeroporto. Em três horas está na praia. Que lugar melhor do que Sumaré?”, questionou.
Entre as memórias afetivas, ela relembrou a época em que a praça central — que chama de “pulmão da cidade” — tinha pedalinhos, flores, mesas e grande movimento de famílias. A moradora lamentou o atual estado de abandono do espaço público, mas disse que confia nas melhorias que estão sendo iniciadas pela prefeitura. “Já estão começando a arrumar, e isso me dá esperança. A praça merece cuidado”, afirmou.
Ela também apontou outros desafios que considera urgentes, como a necessidade de um hospital de grande porte que atenda convênios médicos e de um hotel no centro para receber visitantes. “No meu aniversário, muitos amigos de fora não conseguiram vir porque não havia vaga nos hotéis. É um problema que precisa de atenção”, relatou.
Apesar das dificuldades, ela ressalta que Sumaré é acolhedora e foi fundamental para o desenvolvimento de sua família. “Aqui meus filhos se formaram, construíram suas vidas. Dei a vara, e eles aprenderam a pescar”, disse, orgulhosa.
Para simbolizar seu carinho pela cidade, ela comprou uma orquídea roxa, considerada um dos símbolos de Sumaré. “Parabéns a todas as autoridades, ao prefeito, aos vereadores e a todo mundo que trabalha pelo bem-estar da cidade. Agradeço a Deus por morar nesse lugar maravilhoso, com gente tão boa. Só tenho a agradecer.”

“Sumaré cresceu demais e é uma cidade muito boa de viver”
Hermínio Monteiro chegou a Sumaré em 1989, transferido da unidade da empresa Eletrometal, na capital paulista. Natural de Barra Mansa (RJ), ele percorreu diversos estados até se fixar no interior de São Paulo. “A cidade era bem diferente do que é hoje”, lembra.
Para ele, as mudanças são visíveis, principalmente na infraestrutura. “Ruas abandonadas por anos foram recapeadas. Estão colocando semáforos em locais importantes, o que ajuda muito no trânsito”, afirma. Ele também destaca a recuperação da represa do Marcelo, que ficou esquecida por décadas e hoje passa por revitalização.
Hermínio recorda que muitos bairros ainda não existiam na época em que chegou. “O lugar onde moro nem tinha sido loteado. Agora há bairros novos por toda parte”, observa.
Ao longo dos anos, viveu em diversas regiões da cidade, como o Jardim Alvorada e o Parque Franceschini, até se estabelecer no Parque Residencial Casarão. Pai de dois filhos e avô de três netos, ele criou a família em Sumaré.
Além da expansão urbana, acompanhou a chegada de grandes empresas. “A instalação da Honda impulsionou o desenvolvimento. Trabalhei quatro anos na Eletrometal, que depois virou Villares Metals. A siderúrgica cresceu muito e trouxe gente de várias regiões.”
Casado há quase 50 anos, Hermínio diz que não pretende deixar a cidade. “Sumaré é um ótimo lugar para viver. Hoje tem tudo: comércio, hospital, shopping com cinema. Antes, a gente precisava ir até Campinas. Agora, não precisa mais sair daqui.”
Para ele, a atual administração tem investido bastante. “Isso anima a gente. A cidade evoluiu muito e ainda tem muito a crescer.”