O presidente da Câmara de Limeira, Everton Ferreira (PSD), rebateu, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (10), as informações sobre a saúde financeira do município, usadas para justificar o decreto de emergência, assinado pelo prefeito Murilo Félix (Podemos), que determina cortes de gastos, entre outras medidas. De acordo com o Executivo, as dívidas são de, aproximadamente, R$ 500 milhões.
O presidente da Câmara afirmou que mais de R$420 milhões são despesas de capital, ou seja, investimentos em obras, a serem pagos por 10 anos.
Outro ponto destacado por Ferreira, foi a dívida de R$80 milhões, também mencionada pelo prefeito no decreto, que seriam referentes a empresas prestadoras de serviços, como manutenção, zeladoria urbana, recolhimento de lixos, sinalização de solo (trânsito) e outros prestadores de serviços.
O vereador destacou ainda os efeitos colaterais que o decreto elaborado por Félix, que poderiam afastar investimentos e prestadores de serviços da cidade.
Ferreira comentou ainda sobre os valores referentes ao IPML (Instituto de Previdência Municipal de Limeira), que teria uma dívida de R$ 100 milhões. De acordo com o presidente da Câmara, a dívida com o IPML teria começado em 2011, e é de R$ 135 milhões, no entanto já foram pagos R$97 milhões, ou seja, restariam, aproximadamente, R$34 milhões a serem pagos, que estão com o parcelamento em dia.
Quando questionado se pretendia tomar alguma medida contra o ex-prefeito Mário Botion (PL) em razão das dívidas, Ferreira afirmou que não teria problema em colocar o tema na pauta do Legislativo.