omar najar
Depois de seis anos, Omar Najar (MDB) deixou a Prefeitura de Americana. Ele conversou com o TODODIA a três dias do fim do seu mandato e fez um balanço do que foi feito em suas administrações, recordando da situação crítica financeira do Executivo e das dívidas herdadas por outras administrações. O ex-prefeito fala em “dever cumprido” em relação à quitação de dívidas e em entregar a administração municipal melhor do que recebeu. Confira os principais trechos da entrevista.
As dificuldades
“Achávamos que a dívida da prefeitura era de R$ 700 milhões. Quando assumimos, descobrimos que era de R$ 1,2 bilhão e aí ficamos muito preocupados. Porque o município não tinha dinheiro nem para pagar gasolina da viatura da Gama. Tive de tirar do bolso para abastecer os veículos da Gama”, conta Omar.
Ele ainda citou a greve dos funcionários públicos, que já durava mais de mês. “Quando assumi, dia 9 de janeiro, tinha manifestação na frente da prefeitura. Reclamaram dos salários de dezembro, 13º, não tinham recebido nada. Era uma situação realmente de calamidade pública. Com lixo nas ruas, cobrança da CPFL que não tinha pago dívida de R$ 9 milhões de conta de energia, de captação de água do DAE (Departamento de Água e Esgoto)”, listou.
Arrumando a casa
Omar relatou que “devagarinho fomos negociando, fazendo”. Primeiro, se reuniu com os servidores. “Conversamos com a diretoria do sindicato e assumimos o compromisso de que até 30 de janeiro (em três semanas como prefeito), a gente ia quitar as dívidas e deixar os salários deles em dia. A gente sabe que o primeiro trimestre é a época que entra mais recurso pro município, devido a IPVA, IPTU, uma série de coisas”, explicou.
O ex-prefeito conta que por dois anos seguidos, o Executivo pagava a folha de pagamento dentro do mês, mas sempre com atraso.
“Fomos analisando e fazendo os cortes necessários. Tivemos que tomar medidas drásticas, inclusive com dispensa de funcionalismo. Nossa folha de pagamento era 73% da arrecadação, imagine só. Sobrava muito pouco para fazer os ajustes, pagar 25% da educação, 15% de saúde, enfim, manter a máquina em funcionamento”, relembrou.
“Tivemos que tomar essas decisões, que afetaram muita gente, muita gente achou que estávamos perseguindo ou alguma coisa. Encontramos a prefeitura super inchada, verificamos casos de funcionários fantasmas, tivemos que abrir sindicância. E foi essa nossa luta logo no início”, completou.
O Hospital Municipal
Omar lamentou não ter terminado as obras do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi. “Era um dos nossos objetivos, terminar o HM. Fizemos o pronto- -socorro, inauguramos a ala 1 e a ala 2. A ala 3 já existe previsão para o próximo prefeito seguir em curso. Infelizmente, devido a essa situação toda, mais a pandemia, não conseguimos entregar. Foi um ano muito difícil para o município”, lamentou.
Dever cumprido
O ex-prefeito destacou os investimentos de mais de R$ 100 milhões feito por sua gestão no DAE (Departamento de Água e Esgoto). E se disse satisfeito e com a sensação de dever cumprido após abater diversas dívidas do Executivo. “Acho que nunca existiu isso em Americana, vou passar a prefeitura com caixa de pouco mais de R$ 50 milhões graças à economia que foi feita”.
Omar disse que todos fornecedores foram pagos até terça-feira (29) e que o Executivo teve de pagar segunda (28) mais uma parcela de precatórios, de R$ 18,4 milhões.
“São dívidas de processos que estavam em andamento e foram suspensos na pandemia pela Justiça, mas exigiram que até o fim do ano fossem pagas. Se não, ia deixar R$ 70 milhões no caixa da prefeitura. E agora tem mais essas dívidas que vão recair sobre o novo governo, que terá que fazer um acerto com o chamado Depre”.
O chefe do Executivo disse estar com sentimento de dever cumprido. “Evidente que a gente queria fazer mais, mas não deu tempo.
Omar, que recebeu o TodoDia a três dias do fim do mandato, quer descansar Passamos por fases difíceis aqui na prefeitura. Teve a cassação da Dilma (Rousseff, presidente), por exemplo, com projetos em andamento. A gente tinha o financiamento da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Carioba quando cassaram a Dilma. O (Michel) Temer assumiu, mandou refazer tudo, estava na reta final e aí foi eleito o Bolsonaro, que suspendeu os projetos. O pedido está lá registrado para quem quiser verificar, insistimos para fazer a ETE”.
Omar ressaltou que “pelo menos fizemos a Estação de Tratamento da Balsa”, e que outros projetos foram conquistados com emendas parlamentares, com ajuda de deputados. Depois, falou de recuperações feitas.
“Tivemos a sorte, e isso vem de insistir, com deputados, amigos, até com o Temer quando era presidente, que Americana precisava de um Refis. Graças a Deus conseguimos aquele Refis de 200 meses e conseguimos acertar a vida da prefeitura”, recorda.
O ex-prefeito explicou. “Só com desencargos, Ameriprev, eram R$ 800 milhões que não tinham sido pagos pelo governo anterior e a gente estava em situação de inadimplência, sem nada para receber, recuso estadual e federal. Foi quase um ano e meio para deixar em ordem as certidões negativas de débitos”, contou.
“Quando pegamos a prefeitura, o Ameriprev tinha R$ 20 milhões em caixa e devia R$ 250 milhões para o INSS. Assumimos a dívida. Dos 200 meses para pagar, pagamos aproximadamente 40, tudo religiosamente em dia”, afirmou.
Omar ressaltou os feitos. “Satisfação muito grande de deixar a Ameriprev com R$ 100 milhões no caixa, e o DAE com R$ 40 milhões, com dinheiro para os investimentos necessários. Pegamos o DAE com dívida de R$ 35 milhões e uma série de problemas. O DAE tinha virado praticamente um banco da prefeitura, teve administração que chegou a sacar R$ 80 milhões quase, sem devolução. Eu peguei dinheiro do DAE, mas devolvi dentro do combinado, com juros e correção. Conseguimos sanar estes problemas e hoje a prefeitura cumpriu com a nossa obrigação, de pagar as dívidas contraídas”.
A equipe de Chico
Pouco depois das eleições, o ainda prefeito eleito, Chico Sardelli (PV), que teve apoio de Omar, declarou que ia mudar o secretariado. “Governo novo, equipe nova”, disse. Na semana passada, Chico anunciou os 19 nomes que vão compor o primeiro escalão da equipe e a lista tem seis secretários de Omar e nomes como os do ex-prefeito Erich Hetzl Júnior e do presidente da Câmara, Luiz da Rodaben (Cidadania).
Cinco destes seis nomes ficaram no mesmo cargo: Fernando Giuliani (Cultura), Adriano Camargo Neves (Obras), Angelo Marton (Secretaria de Planejamento), Carlos Zappia (diretor do DAE) e José Carlos Marzochi (Fusame). Vinicius Ghizini, atual secretário de Governo, será secretário de Educação.
Omar disse que não houve indicação e não quis avaliar os nomes escolhidos. “Foi tudo escolha dele. Não houve conversa, não falei nada. Foi decisão pessoal dele e da equipe dele. É direito dele escolher, não interferi em nada”, garantiu.
“Faço vozes para que ele e o Odir façam um bom governo, que sei que vão fazer. Porque Americana precisa de continuidade com todo este trabalho que nós fizemos. Ele (Chico) tem uma situação bem melhor do que encontrei quando assumi a prefeitura, mas não interferi em nada (sobre as escolhas para secretários)”.
Infraestrutura
Omar disse que, além da Saúde, por conta da pandemia, o setor que terá “mais trabalho” para o ano que vem é o de infraestrutura. “Temos um problema sério que é a troca de tubulação. Investimos no DAE, mas tem que investir muito dinheiro para trocar essas tubulações embaixo da terra e que causa desperdício de água. O Chico sabe disso e está preparado para fazer isso, fazendo um trabalho junto ao governo federal”.
Segundo o ex-prefeito, “existem hoje alguns projetos que podem ser feitos no fundo perdido do governo federal para infraestrutura, inclusive com troca de tubulação e saneamento básico”. “Isso é importante, tenho certeza que o Chico lutando ele vai conseguir vencer esta batalha da falta de água, que é um mal de Americana”, afirmou Omar.
Futuro político
Depois de ter declarado recentemente que, “se precisar”, voltará a disputar o cargo para prefeito, Omar desconversou sobre o futuro político e disse que é hora de descansar.
“Não tenho nenhuma ideia do que vai ser feito. Lógico que eu tenho um carinho especial pela minha cidade, onde nasci, onde tem minha família, meus filhos, meus netos. Vou procurar ajudar com a maior seriedade, honestidade. No que eu puder ajudar, eu vou. Mas agora, não tem nada assim pensando em futuro na área política, não”, garantiu
“Estou no aguardo do que vai acontecer. Mas agora preciso descansar um pouco. Foram seis anos difíceis, mas graças a Deus conseguimos, com dificuldades, cumprir nossos objetivos”, completou
Vivendo seus últimos dias à frente da Prefeitura de Americana, o prefeito Omar Najar (MDB) disse ontem que não descarta uma candidatura em 2022, mas que esse não é seu plano no momento. Durante entrevista coletiva, ele revelou ainda que recebeu convite do futuro prefeito da cidade, Chico Sardelli (PV), para compor o novo governo, mas recusou.
O cenário político da região em 2022 está recheado de especulação e nomes fortes para a disputa. Além do grupo de Cauê, Vanderlei e Rafael Macris (PSDB), há possibilidade de candidaturas de Maria Giovana (PDT), Welingnton Rezende (Patriota) e da própria Maine Najar, filha de Omar, cujo nome aparece nos bastidores. Isso, apenas em Americana. Na região, há nomes como o do deputado Dirceu Dalben (PL), de Sumaré, e Denis Andia (PV), de Santa Bárbara d’Oeste.
Diante das declarações de Omar, mesmo sem essa ser sua prioridade, a hipótese do futuro ex-prefeito entrar na disputa por uma vaga na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) ou na Câmara Federal deve ser considerada.
“Vamos conversar com os companheiros (de partido). Não descarto nenhuma hipótese, mas hoje não é meu pensamento, e tem tempo ainda, tem dois anos pra se pensar, mas nada está descartado se eu tiver saúde e puder ajudar minha cidade, minha população, minha região, onde eu nasci, que a gente sabe de todas as dificuldades”, afirmou Omar.
Uma coisa, no entanto, é certa: Omar vai tirar um tempo de férias da política a partir de janeiro. Ele cravou a informação ao revelar que recebeu convites de Chico para compor o governo, mas recusou. Não foi oferecido um cargo específico, segundo Omar.
“Vou tirar férias, a gente não pode entrar numa administração e começar a criar problemas, ele (Chico) foi eleito, tem a liberdade de fazer o que acha melhor, se ele pedir ajuda minha, o que eu puder eu vou falar e ajudar, do contrário, vou torcer para que dê certo a administração. Eu estou à disposição, mas não quero participar do governo. Aliás, o Chico ofereceu pra mim se eu queria, falei ‘olha Chico, acho que não seria bom pra mim e nem pra você, acho importante você fazer o que tem que ser feito'”, disse Omar.
O prefeito de Americana, Omar Najar (MDB), entregou na tarde de ontem a Casa dos Conselhos, que irá abrigar sete Conselhos Municipais num só espaço.
A sede funciona agora na Rua Ibirapuera, 70, no Jardim Ipiranga. Foram investidos cerca de R$ 12 mil na reforma do prédio, em materiais e serviços, sendo a mão de obra realizada por servidores municipais da equipe de manutenção da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.
“Fico feliz em entregar uma sede para que os conselhos tenham um espaço para desenvolverem melhor seus trabalhos e o atendimento à população. O prédio é da prefeitura, portanto não há necessidade de pagar aluguel, evitando gastos, um princípio que adotei desde o início do meu mandato, diminuir as despesas e melhorar o atendimento aos munícipes”, disse o prefeito.
“Era uma questão antiga dos conselhos, discutida nas conferências municipais, que agora estamos entregando para melhor atender aos conselheiros e às demandas das garantias de direitos da população resguardados por esses valorosos conselheiros e conselheiras”, disse o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Aílton Gonçalves Dias Filho.
A Casa dos Conselhos abrigará os sete conselhos vinculados à pasta: CMAS (Conselho Municipal de Assistência Social); Comsea (Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional); Comad (Conselho Municipal de Políticas sobre Álcool e outras Drogas); CMDM (Conselho Municipal de Direitos da Mulher); CMDCA (Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente); Comid (Conselho Municipal de Direitos do Idoso); Compcd (Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência).
O prefeito de Americana, Omar Najar (MDB), prometeu pagar a folha salarial de dezembro da prefeitura dentro do seu mandato e disse que vai deixar o Executivo com saldo de R$ 50 milhões no caixa. A declaração foi dada durante a sessão da Câmara de ontem, a última do ano e da atual legislatura.
Omar e o prefeito eleito, Chico Sardelli (PV), foram convidados pelo presidente da Casa, Luiz da Rodaben (Cidadania), que agradeceu os dois e homenageou Omar com uma placa. Vereadores e Chico agradeceram Omar pelos seis anos no comando da prefeitura. O prefeito agradeceu a todos e prometeu deixar o cargo com os pagamentos em dia.
“Vamos pagar a folha de pagamento de dezembro, Chico vai entrar com saldo bancário de aproximadamente R$ 50 milhões no caixa da prefeitura. No DAE (Departamento de Água e Esgoto) de R$ 40 milhões e no Ameriprev de R$ 100 milhões, que a prefeitura teve que assumir R$ 250 milhões de dívidas que já pagamos pelo menos 40 parcelas”, afirmou.
Omar agradeceu Rodaben e Alfredo Ondas (MDB), que foi presidente da Câmara no primeiro biênio da Legislatura, e estendeu o agradecimento a todos os vereadores.
“Tivemos divergências, mas sempre com a maior boa vontade e transparência. Feliz pelas palavras de pessoas que entenderam minha posição. Às vezes fui duro, reconheço, mas não tinha outra saída”, iniciou.
“O Padre Sérgio sempre brigando comigo por causa dos funcionários, mas não tinha dinheiro nem para pagar eles. Nem o senhor rezando dia e noite ia conseguir este milagre. Respeito a posição de oposição, fez sua obrigação”, destacou. “Mais importante é a nossa cidade. Sei da vontade e luta do Chico e do Odir (Demarchi, vereador e vice-prefeito eleito) para fazer Americana melhor”, disse Omar.
O prefeito afirmou que Chico e Odir, junto com o Legislativo, terão sucesso e que vai torcer muito. “Tenho muito trabalho pela frente, infelizmente vamos passar por situações desagradáveis, que Deus nos ajude”, disse.
Omar lembrou que quando assumiu a prefeitura, tinha dívida de R$ 9 milhões com a CPFL Paulista.
“As pessoas lembram da situação do lixo nessa época, mas quando assumi não pagavam a energia elétrica da captação de água. Tive que negociar os 9 milhões. O lixo era muito importante, mas imagine a água, não teria condições, só se arrumasse gerador. Me admira um prefeito deixar uma dívida daquela”, criticou.
Omar disse ainda que errou em alguns momentos e que “dá a mão à palmatória”, mas o que não fez foi porque não tinha dinheiro para fazer.
Ele finalizou dirigindo-se a Chico. “É hora de pensar no futuro. Não vou pintar para você que vai ser fácil porque não vai. Se Deus quiser vamos vencer. O povo trabalhador, com a ajuda de todos, chegaremos lá, para proporcionar uma cidade melhor para os filhos e netos”, disse.
Omar não descarta ser candidato a prefeito em Americana em 2024
O prefeito de Americana, Omar Najar (MDB), disse nesta sexta-feira (13), a dois dias das eleições municipais, que está “pronto para outra”, se colocando como possível candidato à prefeitura em 2024, dependendo do cenário da cidade. Omar governa Americana desde 2015, após vencer eleições suplementares em 2014 e conquistar a reeleição com mais de 80 mil votos em 2016.
Até o início do ano, ainda pairava sobre a política de Americana dúvidas acerca da possibilidade de Omar ser novamente candidato em 2020. Por ter cumprido um mandato tampão entre 2015 e 2016, e mais um mandato completo, levantava-se a possibilidade do emedebista embarcar em uma terceira empreitada. Entretanto, após aconselhamento jurídico, Omar resolveu não se candidatar.
Em entrevista à Rádio Vox 90 nesta sexta, Omar citou que teve um parecer jurídico indicando que sua candidatura não seria aceita e por isso desistiu. “Eu não acho justo, porque eu cumpri só dois anos no primeiro período. Mas temos que seguir a lei, não ia entrar numa demanda jurídica que poderia prejudicar a cidade, criar mais um trauma para Americana”, disse Omar.
O prefeito cravou que, se não fosse a situação jurídica, seria candidato. “Seria candidato porque eu não terminei muita coisa que poderia fazer. Os dois primeiros anos, a prefeitura estava muito desequilibrada. Cheguei a tirar dinheiro do meu bolso pra abastecer viatura da Gama”, afirmou.
Mais tarde, em coletiva de imprensa, questionado se sua carreira política acabaria com o fim do presente mandato, Omar não colocou ponto final.
“Não acabou nada, eu graças a Deus tenho saúde, no futuro vamos ver o que vai ser. Vamos ver se o prefeito eleito vai cumprir com as obrigações, e se não cumprir nós estamos prontos para enfrentar outra, não tem problema nenhum”, afirmou.
O desejo de ser candidato novamente, no entanto, é recente. Ao longo de 2018, Omar repetidas vezes disse à imprensa que, diante dos constantes problemas da Administração, não tinha vontade de se candidatar novamente.
AO VENCEDOR, ‘BOM SENSO’
O prefeito de Americana, Omar Najar, tornou a criticar o excesso de promessas feitas pelos candidatos durante a campanha eleitoral na cidade. Ele ainda deixou alguns conselhos ao vencedor ou vencedora do pleito, pedindo que a pessoa tenha “cabeça no lugar” para administrar a cidade nos próximos quatro anos.
Omar disse que muitas das promessas feitas pelos candidatos são inviáveis. “Eu acho difícil cumprirem essas promessas. O pessoal tem que entender bem que vai precisar de mais uns dois ou três mandatos para endireitar e a prefeitura sair dessa situação. Essas promessas são inviáveis, primeiro tinham que se inteirar”, afirmou.
O prefeito, entretanto, disse que a situação que deixará para seu sucessor é melhor que a que encontrou. “Vamos deixar o caixa com mais de R$ 50 milhões. O Ameriprev, dos servidores, tem R$ 100 milhões, o DAE tem R$ 32 milhões, e o hospital tem R$ 8 milhões. Se um prefeito tiver cabeça no lugar, maturidade e bom senso para administrar, vai conseguir. Porque ano que vem vai ser duro para todas as prefeituras, devido à pandemia e a queda de arrecadação”, disse.
Questionado sobre algum conselho que daria a quem vencer amanhã, Omar recomendou “bom senso”. “É preciso muito cuidado com a parte financeira da prefeitura. Prefeito tem que ter cabeça no lugar, maturidade para poder resolver esses assuntos e não fazer demagogia, o primeiro ano vai ser muito sofrido”, alertou.
PARA PREFEITO, CAMPANHA ELEITORAL FOI SUJA
Vencedor de duas eleições em Americana, o prefeito Omar Najar (MDB) fez um balanço da campanha eleitoral, que termina hoje na cidade. Ele criticou duramente a postura de candidatos e os ataques nas redes sociais, debates e por meio de materiais impressos, classificando a disputa como suja.
“Eu achei que foi muita sujeira, ninguém apresentou projetos, fica aquela crítica, um falando do outro, não é por aí. Temos que ser americanenses e lutar por uma Americana melhor. Agora, crítica tem que ser construtiva. Não fazer o que fizeram. Você vê o que fizeram com o Chico”, disse Omar. A declaração foi dada horas antes da apreensão do material apócrifo contra o candidato do PV.
Conforme mostrou o TODODIA na cobertura das eleições, ações judiciais pediram a retirada de postagens das redes sociais do ar, embates por meio de declarações à imprensa, além de episódios de apreensão de material impresso contra Sardelli.
O prefeito Omar Najar (MDB) anunciou ontem, ao lado do superintendente do DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana, que o edital para contratação de empresa para reforma da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Carioba será publicado hoje, e que a unidade receberá até o final do mês um projeto piloto com tecnologia alemã que poderá, se eficiente, ser implantado na ETE no ano que vem para elevar sua eficiência.
A reforma e ampliação da ETE Carioba – que trata efluentes doméstico e também industriais – tem sido cobrada pelo Ministério Público desde 2012, e também na Justiça por um grupo de empresários do ramo têxtil, que dependem da eficiência da unidade para suas atividades.
De acordo com o anúncio feito hoje, até dezembro, será definida e contratada empresa para realização da reforma da unidade. A previsão, segundo informou o DAE ao MP, é de investimento de R$ 13 milhões e conclusão do trabalho até setembro, elevando a eficiência da unidade dos 45% até a casa dos 60 a 70%. O exigido é 85%.
Até anteontem, de acordo com o MP, o DAE só conseguiria tal grau de eficiência em três anos, com investimento anual de cerca de R$ 20 milhões. Ontem, porém, um novo projeto foi apresentado, e pode diminuir o valor a ser investido e acelerar a chegada até a meta.
De acordo com o superintendente do DAE, Carlos Zappia, a autarquia irá apostar em uma tecnologia alemã desenvolvida por uma empresa de Curitiba, que iniciará os testes na cidade de forma gratuita até o fim do mês. Segundo Zappia, por receber esgoto doméstico e industrial, a ETE Carioba é peculiar e despertou o interesse da empresa em realizar tais testes.
De acordo com Zappia, a tecnologia usada na ETE atualmente é a mesma de quando foi construída, na década de 70. Entretanto, houve um subdimensionamento do número de filtros em sua construção, e por isso ela não atinge a eficiência exigida.
O projeto piloto será desenvolvido com uma tecnologia moderna, chamada de lodos ativados, conceito já utilizado nas ETEs Balsa e Praia Azul, mas com técnicas diversas. “O lodo ativado é um processo onde, por meio da ausência e presença de oxigênio, estimula-se bactérias que vão consumir a matéria orgânica para sobreviver e aí é feito um processo de controle”, explicou Zappia.
Por se tratar de mistura de esgoto doméstico e industrial, ainda não é possível afirmar qual é a eficiência desse tratamento. “Só vamos saber com implantação do projeto piloto, que reproduz as condições em uma escala menor. Esse teste vai determinar a eficiência, os tamanhos dos módulos para atingir o que está previsto”, disse o diretor.
A empresa não irá cobrar pelo período de testes, segundo Zappia. O DAE terá custos pequenos apenas com o bombeamento e preparação da estrutura. “O piloto vai operar o tempo suficiente para fazer os ajustes, de 1 a 3 meses”, adiantou Zappia.
Enquanto a população de Hortolândia deve assistir ainda esse mês o início das obras do viaduto sobre a linha férrea que será custeado pela concessionária Rumo, responsável pela malha ferroviária do Estado, em Americana, o compromisso firmado em 2011 entre prefeitura e empresa – de construir um viaduto ao lado do Amadeu Elias – segue sem prazo definido para sair do papel.
Representantes da Rumo estiveram em Hortolândia e sinalizaram o início da topografia ainda em novembro. A obra na cidade custará cerca de R$ 40 milhões, que fazem parte de um pacote de R$ 6 bilhões em investimentos em segurança ferroviária que a Rumo fará em 45 municípios paulistas por conta da duplicação da linha. As obras só começaram a sair do papel depois de um acordo firmado com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que garantiu a renovação da concessão da malha paulista por mais 30 anos.
O cenário em Americana, porém, é bem diferente, o que motivou queixas do prefeito Omar Najar (MDB) essa semana. “Temos um protocolo que já foi reiterado, não é a primeira vez. Eles tinham falado que iam fazer, mas não foi colocado prazo. Agora estamos solicitando deles que nos informem o prazo, já que estão fazendo Hortolândia”, disse o prefeito em entrevista coletiva.
Enquanto isso, o Viaduto Amadeu Elias segue sobrecarregado diante do grande número de veículos que circulam por ele diariamente – sobretudo agora que ele tornou a funcionar nos dois sentidos.
O TODODIA questionou a Rumo sobre o caso de Americana, mas a resposta não cravou uma data para início das obras.
“Serão feitas quando for iniciada a duplicação da via férrea no município. O cronograma e os custos da obra do viaduto ainda serão definidos. Conforme previsto no contrato da renovação da concessão da Malha Paulista, a Rumo irá duplicar a linha férrea na região de Americana, e o prazo de conclusão total das obras está previsto para ocorrer até 2024”, informou a nota.
Em outubro, o Estado informou que a duplicação teria início em Americana somente em 2023, o que aponta que o Amadeu Elias continuará sozinho por mais algum tempo.
“A gente está insistindo com eles, afinal de contas, Americana é cortada ao meio pelo rio e a estrada de ferro. Precisamos resolver o quanto antes. Protocolamos uma carta na Rumo solicitando agilidade, porque a situação de Americana é difícil pelo número de veículos”, afirmou Omar.
O DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana entregou nesta quinta-feira (5) a nova subadutora que levará água da ETA (Estação de Tratamento de Água) até a região do pós-Anhanguera. A obra deve acabar com os problemas de falta d’água nessa região e, segundo as previsões da autarquia, ter durabilidade de cerca de 100 anos.
A nova subadutora foi entregue para substituir a antiga, da década de 70, que já deveria ter sido trocada nos anos 90. São 3 mil metros de tubulação de ferro fundido revestido, com 60 centímetros de diâmetro, iniciando na ETA e seguindo até a entrada da cidade. A tubulação leva água até os reservatórios do Jardim Brasil, Chácara Letônia e Praia Azul.
De acordo com o superintendente do DAE, Carlos Zappia, a grande vantagem da nova subadutora está na qualidade e resistência do material utilizado. Além do ferro ter alta durabilidade (até 100 anos), ele é revestido, e esse revestimento por si só dura de 50 a 60 anos.
“Fizemos assim pela característica do terreno. Preferimos uma rede mais rígida para que a gente possa garantir mais pressão. Tem um trecho delicado, perto da Rodoviária, onde rompeu-se várias vezes a rede por conta da grande pressão, e a gente precisa aumentar a pressão para aumentar a vazão, para que aquela região do pós-Anhanguera, que está crescendo demais, consiga receber mais água”, explicou Zappia.
A subadutora antiga, segundo Zappia, era feita de fibra de vidro, que além de mais frágil, era mais trabalhosa na hora de efetuar os reparos por conta do material. Ou seja, a antiga quebrava com frequência e os reparos eram mais difíceis.
De acordo com o prefeito Omar Najar (MDB), pelos cálculos do DAE, com a nova subadutora e os dois novos reservatórios (Letônia e Brasil), que serão entregues em até 15 dias, o problema da falta d’água no pós-Anhanguera deverá ser sanado.
“É um negócio que fica enterrado, a população não fica sabendo, mas a gente fica feliz em entregar uma obra como essa. O cálculo é para acabar com a falta d’água”, disse. A obra teve 12 meses de duração e custou R$ 6,4 milhões, pagos com verbas do próprio DAE.
O mapeamento imobiliário da Prefeitura de Americana por drone já apurou cerca de R$ 6 milhões de sonegação com construções irregulares e não cadastradas no Executivo. A informação foi revelada pelo prefeito Omar Najar (MDB) em entrevista à Rádio Azul.
De acordo com Omar, o valor é apenas de parte da fiscalização, de pessoas que estão ocultando área construída.
“O Marton (secretário de planejamento, Angelo Sérgio Marton) tem desenvolvido um trabalho muito bom no trabalho de cadastramento de imóveis irregulares. E só de uma parte de Americana que foi levantada, são quase R$ 6 milhões de pessoas que estão omitindo a área construída, que vão ter que pagar para se encaixar nesses valores”, disse o prefeito.
“Ninguém quer explorar o outro, mas também a gente não quer construção clandestina e irregular. O município não pode aceitar isso. Você tem no cadastro da prefeitura uma casa de 100 metros quadrados e na verdade a casa tem 150 metros quadrados. Ou seja, você não está pagando 50 metros quadrados, afeta todos americanenses”, explicou Omar.
OMAR | Prefeito espera orçamento de R$ 900 mi em 2021 (Foto: Arquivo | TodoDia Imagem)
O prefeito deu a informação após ser questionado sobre a incerteza do orçamento da Prefeitura para o ano que vem e de quanto deve ser.
Omar afirmou na sequência que o Executivo espera que o orçamento chegue a R$ 900 milhões.
A FISCALIZAÇÃO
Em fevereiro, a prefeitura iniciou um mapeamento aéreo com um drone adquirido no ano passado por R$ 220,3 mil, para notificar moradores com imóveis em situação irregular.
Marton explicou na ocasião que o morador tem 30 dias para efetuar o pagamento da guia do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) no caso de construção não registrada e de taxas para regularizar itens como a falta de caixa de gordura, área permeável e vaga de estacionamento, entre outras.
O contribuinte poderá pagar à vista com 20% de desconto ou parcelar em até 36 parcelas, com parcela mínima de R$ 100 para pessoa física ou R$ 200 para jurídica.
Proprietários de imóveis irregulares recebem pelos Correios a foto feita pelo drone com apontamentos das irregularidades. Na notificação consta quais itens estão irregulares e o que deve ser feito para a regularização.
SAIBA MAIS
Constatada a diferença entre o cadastro na prefeitura e o levantamento feito através do drone, o setor competente verifica se o imóvel em questão tem planta aprovada, Habite-se ou alvará de utilização, apontando a necessidade de se regularizar a área constatada no levantamento. O setor de cadastro técnico da prefeitura promoverá de imediato o cadastramento dos imóveis que não estejam registrados em sua base. Depois de cadastrada a construção, será calculado o ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) e gerado o boleto referente ao imposto, sendo então encaminhado ao proprietário.