sexta-feira, 26 abril 2024

CPFL descobre sete mil gatos de energia na região

A CPFL Paulista descobriu 7.031 gatos e fraudes de energia na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Os dados são referentes ao primeiro semestre desse ano nas cidades de Campinas, Sumaré, Hortolândia, Ameri cana, Valinhos e Itatiba. No mesmo período do ano passado foram 6.719 casos, o que representa um aumento de 4,64%.
Em Campinas, as irregularidades subiram de 5.900 para 6.256, em Sumaré de 206 para 379, Valinhos de 44 para 48. Na contramão, Hortolândia reduziu de 358 para 265, Americana de 154 para 58 e Itatiba de 57 para 25.
A empresa informou que intensificou a fiscalização contra fraudes e furtos de energia na região. A cidade de Campinas foi a que registrou o maior número de irregularidades identificadas, seguida por Sumaré.
De acordo com a companhia, o resultado é fruto da maior assertividade do trabalho desenvolvido pela Diretoria Comercial do Grupo, que vem adotando novas tecnologias e aplicando mais inteligência em seus processos de monitoramento e análise.
Segundo o diretor comercial da CPFL Energia, Roberto Sartori, os investimentos em inteligência no monitoramento têm sido um grande aliado na identificação das fraudes e furtos de energia nas redes da distribuidora. “A integração com os órgãos públicos e autoridades policiais também tem sido fundamental nessas operações que visam o combate às ligações clandestinas. Todas essas ações possibilitaram a identificação de um número maior de irregularidades na rede em 2018”, afirma o Sartori.

CRIME
Pedro de Aro, gerente de serviços comerciais da CPFL Energia, explicou que os gatos são ligações irregulares para o furto de energia. “Há ainda pessoas que possuem ligação regular, mas adulteram ou fraudam seus medidores, outro tipo de roubo de energia”, disse.
As fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal e a pena pode variar de um a quatro anos de detenção. Além disso, para os fraudadores também são cobrados os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu o roubo, acrescidos de multa.
Segundo ele, tanto a ligação irregular quanto a adulteração do medidor são as formas mais comuns de fraudes e furtos. de energia.
Ele explicou que não há um perfil predominante entre os fraudadores, ocorrendo tanto em comércios quanto em residências. “Há registros de fraudes e furtos em todos os tipos de regiões, desde as periféricas até bairro de classe média e alta. Nas regiões periféricas, o número de ocorrências pode ser maior. No entanto, o volume de energia furtada tende a ser maior nas regiões mais ricas”, contou.

RISCOS
O gerente ressaltou que as práticas colocam a vida do fraudador em risco. “Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais”, alertou.
Além disso, as ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às interrupções no fornecimento de energia. “Vale destacar que as ligações irregulares representarem menos de 2% no total de perdas de energia das distribuidoras da CPFL Energia. Esse resultado é fruto da intensificação da fiscalização, que visa diminuir ainda mais este índice.
A empresa destaca que as irregularidades tornam as contas de luz mais cara para todos os consumidores. “Isso ocorre porque a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) reconhece nas chamadas ‘perdas comerciais’, como são denominados os furtos e as fraudes no jargão do setor elétrico, uma parcela do prejuízo da distribuidora com o valor da energia furtada e dos custos para identificar e coibir as irregularidades.

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