Campinas e Sumaré são as duas únicas cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) a figurarem no IDGM (Índice dos Desafios da Gestão Municipal), que computa indicadores dentro das áreas de Educação, Saúde, Segurança e Saneamento. Enquanto Campinas aparece na 7ª posição no ranking geral, Sumaré se destaca na Saúde, ficando na 6ª posição.
O IDGM 2018 – Desafios da Gestão Municipal, foi divulgado pela Macroplan, consultoria privada do Rio Janeiro especializada em gestão pública. Essa é a terceira edição do estudo, que analisou os indicadores públicos divulgados até o ano de 2016.
“O ineditismo do estudo é que a Macroplan faz a análise conjunta desses dados. Você tem diversos indicadores sobre violência, por exemplo, que estão separados. A Macroplan os coloca em uma cesta e verifica qual o grau de entrega dessa cidade no conjunto da Educação, Segurança. Para isso foi criado essa metodologia que vai de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho”, explicou a assessoria de imprensa da consultoria.
O estudo apresenta uma análise da evolução entre 2006 e 2016 das 100 maiores cidades brasileiras em termos populacionais (acima de 273 mil habitantes), que respondem por mais da metade de tudo que é produzido no Brasil. No ranking geral, Campinas aparece na 7ª posição, com a nota 0,709. A cidade subiu três posições na última década. Nesse tópico, Sumaré está na 24ª colocação (0,676), tendo perdido 15 posições nos últimos dez anos.
No ranking apenas de Saúde, a “Cidade Orquídea” está na 6ª posição, com índice 0,698. No entanto, também houve queda na última década, já que o município ocupava a 2ª colocação em 2006.
Ainda na Saúde, Campinas é a 11ª (0,681). Também houve queda na última década; a cidade era a 7ª colocada em 2006.
‘CLUSTERS’
Outro aspecto do índice são os Clusters, expressão em inglês que significa grupo. Essa análise agrupa cidades similares em termos de “complexidade de gestão e disponibilidade de recursos”. “Ao organizar os municípios em clusters, é possível comparar de forma mais adequada os resultados alcançados por cada município”, explicou a Macroplan.
Sendo assim, o órgão aponta que 10 mortes prematuras por DCNT (doenças crônicas não transmissíveis) influenciaram para que Sumaré esteja na 6ª posição, e não na 5ª, caso os óbitos não tivessem ocorrido.
Na Educação, Campinas está na 15ª posição (0,605). Para ocupar a primeira colocação, que pertence a Piracicaba (0,660), a cidade teria que ter mais 8.678 matrículas em creches, entre outros diferenciais.
O OUTRO LADO
A Prefeitura de Sumaré informou que a Saúde tem sido a prioridade da gestão Luiz Dalben (PPS) e que, “de 2016 (último ano levado em consideração no citado IDGM) para cá, muitos outros desafios já foram vencidos na Saúde”.
“A Saúde é prioridade no nosso governo e, desde que assumimos, em 2017, são muitas conquistas e números expressivos, que mostram a evolução na estrutura e na qualidade do atendimento da rede municipal de Saúde, além do empenho e dedicação de toda a nossa equipe. Sabemos que ainda temos muito trabalho pela frente, mas a realidade encontrada hoje na Saúde de Sumaré já é bastante diferente daquela que nos foi deixada ao fim de 2016. Nosso trabalho continua para melhorar os índices e oferecer um atendimento cada vez mais digno à população de Sumaré, mais ágil e, principalmente, humanizado”, comentou Dalben.
A Prefeitura de Campinas foi procurada, via e-mail, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.