Das 20 cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) nove apresentam nota “alta” e outros nove possuem nota “média” no Islu 2018 (Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana), que foi criado há dois anos para servir como “termômetro” da adesão das cidades brasileiras aos preceitos da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos). Na região metropolitana, apenas Paulínia e Vinhedo não foram analisadas; os dados são tabelados com base em informações fornecidas pelos municípios no SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento).
Cada cidade é avaliada de acordo com uma pontuação que varia de 0 a 1, ou seja, quanto mais próximo de 1, maior a aderência do município à PNRS. Quatro aspectos são analisados para gerar essa pontuação: engajamento do município, sustentabilidade financeira, recuperação dos resíduos coletados e impacto ambiental. Cada um desses fatores gera uma pontuação, que culminam na pontuação do Islu.
Os dados desse estudo foram colhidos no ano de 2016. Sendo assim, as cidades com nota alta (B) na RMC são: Campinas, Cosmópolis, Holambra, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Nova Odessa, Pedreira e Sumaré. Já as de nota média (C) são: Artur Nogueira, Americana, Engenheiro Coelho, Hortolândia, Monte Mor, Morungaba, Santo Antonio de Posse, Santa Bárbara d’Oeste e Valinhos.
Foi informada apenas a classificação geral das cidades, ou seja, do Islu em si. As pontuações de cada um dos quatro aspectos serão divulgadas apenas na versão completa do estudo, que deve ser publicada ainda neste mês pelo Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo).
RECUPERAÇÃO
Entretanto, levando em conta o estudo consolidado do Islu 2017 (com base nos dados de 2015), é possível constatar que as cidades da região ainda patinam na questão da recuperação dos resíduos coletados. Naquele ano, apenas sete cidades foram analisadas: Campinas, Indaiatuba, Itatiba, Monte Mor, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré. Todas tiveram pontuações até 0,499, que se enquadram no “muito baixas”, a pior classificação.
Duas delas, inclusive, tiveram nota 0 neste segmento: Monte Mor e Sumaré.
Através de sua assessoria de imprensa, a Prefeitura de Sumaré informou que colocou em funcionamento, no ano passado, a Usina de Processamentos de Restos de Construção Civil.
“Os entulhos ‘limpos’ recolhidos na cidade são todos processados no local e, depois, reaproveitados na recuperação de estradas rurais, por exemplo, terraplanagem de obras municipais, etc. Há também em andamento projetos sociais que envolvem o reaproveitamento de garrafas pet e pneus, produzindo objetos decorativos para praças e eventos promovidos pela Prefeitura, gerando, ainda, renda para famílias em situação de vulnerabilidade social – além de proteger o meio ambiente. Os moradores podem entregar as garrafas pet e pneus nas sete Administrações Regionais do município ou, ainda, em escolas municipais (neste caso, apenas garrafas)”, informou.
A prefeitura ressaltou ainda que “está elaborando projeto para a implantação de coleta seletiva na cidade, envolvendo toda a população”.
A Prefeitura de Monte Mor foi procurada, mas não respondeu até o fechamento desta edição.