sexta-feira, 19 abril 2024

Consumidor atrasa compras da Páscoa

Os consumidores deixaram para a última hora a compra de produtos para a Páscoa, como ovos de chocolate e peixes. Tanto que ocorreram filas em estabelecimentos comerciais da região à procura dos produtos mais vendidos na Semana Santa. Contudo, ainda é cedo para falar sobre reação das vendas. A luta dos comerciantes é pelo menos manter as comercializações nos mesmos patamares do ano passado.

A Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) confirmou o aumento da busca dos artigos de Páscoa. “Evidentemente estão em um patamar diferente de outros anos em função do coronavirus. Porém, o que constatamos é que nossos associados estão se esforçando para prestar bons serviços dentro das possibilidades deixadas no caso de seguir cumprindo a legalidade do decreto estadual. Evidentemente, em outras condições o movimento seria mais alegre e festivo. O que não é o caso neste transcorrer de 2020”, afirmou o presidente da Acia, Wagner Armbruster.

A rede de Supermercados Pague Menos informou que a venda dos artigos de Páscoa está dentro do esperado, mas que espera um crescimento da procura até domingo. A rede também informou que adotou cuidados extras para enfrentar a pandemia do coronavírus, como higienização dos carrinhos e cestos de compras várias vezes ao dia, intensificação na higienização de superfícies, aplicação de álcool em gel pelos clientes na entrada das lojas, distanciamento entre clientes nas filas dos caixas, controle de acesso de clientes nas lojas e instalação de placas de acrítico como barreira entre operadores e consumidores.

EM BAIXA

Apesar do empenho, a comerciante Fabiana Pisoni Bardi sentiu uma queda de 30% nas vendas dos ovos de Páscoa no Ateliê do Brigadeiro, em Americana, por causa da proibição do atendimento presencial. Por isso, a empresa adotou uma série de medidas para garantir o cumprimento do decreto estadual. Priorizou o atendimento telefônico e pelas redes sociais, limitou o acesso à loja, estabeleceu horários para retirada dos produtos para não formar filas, além de reforçar a higienização tanto no manuseio quanto na entrega dos produtos.

“Estamos passando por um período delicado, principalmente porque estamos na Páscoa, principal época do ano para nós. Tomamos como medida social agregar fornecedores parceiros para juntos passarmos por essa fase difícil nos amparando e por fim fortalecidos. Entendemos que esse momento não será de lucros e sim de focarmos em saúde e amor com o próximo para não deixar ninguém passar necessidade”, afirmou Fabiana.

PEIXES

As peixarias também sentiram o aumento da procura nos três últimos dias. Os estabelecimentos redobraram os cuidados com o manuseio do produto e com fornecimento de álcool em gel aos clientes que vão às lojas.

A limpeza dos balcões e das máquinas dos cartões tem sido mais constante, para evitar a transmissão do novo coronavírus.

A comerciante Bianca Costa Bissoli, 26, do Empório do Mar, no Colina, disse que houve um aumento de 60% das vendas de peixes para a Semana Santa nos dois últimos dias.

Os clientes têm procurado peixes assados e iscas empanadas para facilitar no dia a dia. Mas aumentou bastante a procura por salmão, bacalhau, filé de Saint Peter e merluza, peixes esses usados nas preparações dos pratos da Sexta-feira Santa e domingo de Páscoa. Segundo Bianca, tem sido mais comum o atendimento de encomendas para retirar no balcão ou entrega, para não formar filas.

O comerciante João Paulo Santarosa Júnior, da Peixaria Oceana, que tem lojas no Jardim Ipiranga e São Vito, acredita que o movimento está no mesmo patamar dos anos anteriores. “O pessoal deixou para a última hora de novo”, disse.

A procura maior tem sido por peixes com preços mais em conta como merluza, cação e tilápia. Contudo, a venda no varejo não deve amenizar o impacto da queda de 80% nas vendas no atacado, por causa da redução dos pedidos dos restaurantes.

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