sábado, 27 abril 2024
FÚRIA DA NATUREZA

Estragos com a chuva desta sexta-feira (3) atingem toda a região e o Estado

Dados mostram que o Estado ainda tem 2,5 milhões de imóveis sem energia em decorrência das chuvas
Por
Ana Flávia Defavari
Foto: Reprodução | Prefeitura de Nova Odessa

Através de dados divulgados pela Defesa Civil do Estado, ao menos 2,5 milhões de imóveis estão sem energia neste sábado devido às fortes chuvas e ventos da sexta-feira (3). Estima-se que 84% das pessoas sem eletricidade estão na área de concessão da empresa Enel, responsável pelo abastecimento na capital paulista e na Região Metropolitana, onde há reclamações de moradores que estão há mais de 20 horas sem luz.

A Enel prevê que 100% do serviço de energia seja retomado apenas na terça-feira (7), mas dos 1,4 milhão de clientes que ficaram sem energia, 400 mil já tiveram o fornecimento restabelecido. O Governo Paulista afirmou, em nota, que está pressionando as concessionárias a retomarem o quanto antes a disponibilização de energia em áreas de hospitais e serviços de emergência, e está ciente das 84 escolas, das 308 na capital, que realizarão a prova do Enem neste domingo (5) e que ainda estão sem energia. A empresa se comprometeu a levar geradores para essas unidades caso o fornecimento não seja restabelecido a tempo de garantir a aplicação dos exames.

“Estamos atuando sem medir esforços. A prioridade de restabelecimento é recuperar, primeiramente, hospitais eletrodependentes. Estamos cuidando também do evento importante que vai acontecer amanhã, que é o Enem. Estamos fazendo tudo o que podemos para que ele possa acontecer sem nenhum contratempo”, disse, em coletiva de imprensa, o diretor de operação da Enel, Vincenzo Ruotolo.

Até o início da tarde deste sábado (4), as concessionárias Enel, CPFL e EDP informaram cortes de energia nas cidades de São Paulo, Sorocaba, Indaiatuba, Santos, Piracicaba, Americana e Guarulhos, entre outras, somando quase 40 municípios com ocorrências. A segunda área com mais pessoas sem energia é da concessionária CPFL, onde pelo menos 400 mil pessoas estão sem eletricidade. A empresa atende 27 municípios do interior e litoral do estado, como Campinas, Americana e Santa Bárbara d’Oeste, por exemplo.

Desde a tarde de sexta (3), as Defesas Civis do estado e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2.000 chamados para ocorrências relacionadas às chuvas. Registros meteorológicos mostram que as rajadas de vento alcançaram 151 km/h em Santos. Na cidade de São Paulo, houve vendavais com velocidades desde 40 km/h, no centro, passando por 74,7 km/h no Campo Limpo e 94,1 km/h em Santana e no Tucuruvi, chegando a 103,7 km/h na região do aeroporto de Congonhas, um recorde histórico nos últimos cinco anos. Na cidade de Sorocaba, os ventos chegaram a 105 km/h.

O número de mortes por temporais subiu para seis em todo o estado, conforme boletim da Defesa Civil neste sábado. Uma pessoa morreu em Limeira, atingida por um muro; uma pessoa em Osasco, após queda de árvore sobre um carro; uma pessoa em Santo André, atingida por destroços que caíram de um prédio; e duas pessoas em Suzano e na capital, todas após quedas de árvores.

Nova Odessa também foi atingida pelas chuvas na região. Em nota, a Defesa Civil de Nova Odessa comunicou que a cidade sofreu com árvores caídas, postes inclinados e derrubados, e alagamentos em alguns pontos.

Segundo a Defesa Civil de Nova Odessa, neste sábado (4) os problemas causados pela forte chuva e ventania já foram solucionados, todas as árvores foram removidas pelas equipes da Secretaria de Meio Ambiente, com apoio da Defesa Civil Municipal, Diretoria de Serviços Urbanos, Setor de Trânsito, GCM, Corpo de Bombeiros, bombeiros civis voluntários e outros parceiros.

Conforme o balanço feito pela Defesa Civil, quatro postes ficaram inclinados e dois tiveram que ser trocados pela CPFL no trecho rural da Avenida Brasil. Ao todo, dez árvores caíram pela cidade nas ruas Heitor Penteado, Rua Anchieta, Tulio Thienne, aos fundos do Hospital Municipal e na Estrada Municipal Eduardo Karklis. Houve alagamentos breves no momento da chuva nas passagens sob a Rua Sigesmundo Andermann e sob a Avenida Ampelio Gazzetta, causados pelo Córrego Capuava e pelas águas pluviais de enxurradas, na Avenida Carlos Botelho, saída para Sumaré, e na Rodovia Astrônomo Jean Nicolini.

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