sexta-feira, 26 abril 2024

Ligação com a política vem de berço

“Minha família sempre foi de princípios e sempre teve vontade de mudar, de transformar o lugar onde vivemos em um ambiente melhor. Meus pais eram moradores do Matão. Meu avô e meu pai eram empresários de sucesso. A gente morava em uma região onde a água era precária, sem esgoto, sem asfalto, sem escola. Queríamos mudanças necessárias e entendemos que deveríamos lutar por essas mudanças ou procurar outro lugar para viver. Mas nós sempre gostamos muito de Sumaré e não queríamos sair daqui. Queríamos que a cidade fosse melhor para todos. E foi na luta pelas melhorias do bairro e da cidade que começamos nossa história na política.
Em 1988, meu avô – Alfredo Ruzza – foi candidato a vereador. Foi eleito e fez oposição governo. Lutou muito para termos melhorias no bairro. Fez a parte dele e abriu mão de uma candidatura para apoiar o meu pai – Dirceu Dalben -, que foi candidato a vereador. Foi o terceiro mais votado e também lutou muito pelo bairro.
Enquanto vereador, algumas melhorias no bairro aconteceram e isso nos deixou animados para continuar na vida pública. Meu pai resolveu disputar prefeito. Ele tinha entre 20, 30 anos, era novo assim como eu. Ele pensou que, se podia fazer algo pelo bairro, poderia fazer pela cidade. E para isso foi conhecer a realidade de Sumaré, através de caravanas.
Eu era muito pequeno, mas acompanhava. Ele ganhou por 300 votos. Meu pai, enquanto prefeito, levou asfalto para todas as regiões, construiu postos de saúde, escolas.
Sou filho de político, neto de político, mas não gostava muito de política. De tanta injustiça que vi contra minha família, não queria isso pra mim.
No entanto, a partir de 2010 comecei a desenvolver uma certa vontade. Eu era comerciante na região da Nova Veneza e Área Cura. Me vi numa situação em que atrás da minha farmácia tinha uma escola e não tinha demarcação solo, o mato era alto, tinha terreno baldio. Isso começou a me incomodar demais. Como podia uma situação assim? Será que ninguém estava vendo?
Aí, comecei a reparar que asfalto e rede de água e esgoto precisavam de manutenção. Coisas que parecem pouco para alguns, para mim pareciam muito. Sou muito detalhista. Aí surgiu o interesse em ser candidato. Eu queria ser candidato a vereador, já estava me preparando quando surgiu a oportunidade para ser vice. Fui eleito. Fiquei três meses no DAE e tive a maior decepção da minha vida. Saí de lá e resolvi parar. Tinha 23 anos e quis sair enquanto dava tempo. Ia terminar meu mandato de vice e ia cuidar da minha vida.
Pensei em me afastar da vida política e ia tocar meus projetos pessoais. Mas muitas pessoas me procuraram, tínhamos um projeto de governo, de trabalho antes de tudo e isso não poderia se perder. Esse grupo quase me convenceu a ser candidato novamente.
Mas fui convencido mesmo foi pela minha mãe, que me lembrou dos objetivos que a gente tinha lá atrás, quando o meu avô era vereador. Ela disse que não queria que eu fosse candidato porque sabia, melhor que ninguém, das injustiças que meu pai havia sofrido. E ela, como mãe, não queria que eu enfrentasse a mesma coisa. Mas disse também que seu eu tivesse interesse, teria todo o seu apoio. E isso me emocionou e fez com que fosse adiante. E então assumi o compromisso de me dedicar para ser o melhor candidato e, se eleito, o melhor prefeito.
Na campanha, não teve rua que não andei para mostrar a proposta de governo que queria. Hoje eu vejo que pude mostrar o que o jovem brasileiro é capaz. É só dar a oportunidade. Me tornei prefeito seguindo o exemplo do meu pai e do meu avô e quero fazer o melhor com a oportunidade que Deus me deu”.
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