sexta-feira, 26 abril 2024

Liminar barra audiência do Consimares sobre central de resíduos

Vereadores de Sumaré recorreram à Justiça por considerar que não houve a devida divulgação sobre a reunião que ocorreria nesta segunda-feira, mas foi suspensa por ordem judicial 

Vereadores de Sumaré estiveram na Prefeitura de Nova Odessa, local da audiência do Consimares nesta segunda, para notificar sobre a decisão judicial que suspendeu o encontro (Foto: Divulgação)

A juíza Ana Lia Beall, da 3ª Vara Cível de Sumaré, concedeu nesta segunda-feira (13) liminar suspendendo a audiência pública marcada para ser realizada a partir das 17h pelo Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas) para tratar sobre o projeto “Central de Tratamento de Resíduos Consimares”. O pedido foi feito pelo presidente da Câmara, vereador Willian Souza (PT), em nome de todos os parlamentares de Sumaré. A informação é da Câmara de Sumaré.

Na decisão, a juíza considerou que “há dúvida no tocante à efetiva publicidade da audiência pública, o que implica na suspensão dela na data de hoje [13] a fim de que se possa dar ampla publicidade ao tema, respeitando os princípios da estrita legalidade e da moralidade públicas, que regem, evidentemente, o consórcio requerido”.
“Para nós a decisão da justiça precisa ser comemorada porque devolve a obrigatoriedade de lisura e transparência ao processo, reconhecendo que não houve divulgação, convocação e notificação de todos os atores sociais que precisam ser contemplados para discutir um tema com alto grau de complexidade como esse”, disse o presidente Willian.
Para ingressar com a ação, a Câmara considerou que tanto a Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) quanto o consórcio, formado pelas cidades de Sumaré, Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste, deixaram de cumprir requisitos legais de divulgação e convocação para realização da audiência.
No documento protocolado na sexta-feira (10), a Câmara alega o “descumprimento da antecedência mínima para divulgação da audiência pública; a ausência de convocação tempestiva da Câmara Municipal e de seus vereadores; e a ausência de canais efetivos para efetivar contato com os réus acerca do evento”. Dessa forma, creem os parlamentares, “houve flagrante prejuízo à participação de todos os vereadores da Câmara Municipal de Sumaré”.
“É um absurdo que um assunto com essa relevância tenha sido tratado com negligência por parte do consórcio. A Câmara de Sumaré, como representante da população, é parte interessada no projeto e precisa ser respeitada pelo Consimares. Não podemos admitir que uma audiência pública que envolve diversos municípios seja realizada sem uma ampla divulgação para garantir a participação de todos os setores da sociedade civil”, disse o vereador Willian Souza.
Os vereadores de Sumaré estiveram presencialmente no auditório da prefeitura de Nova Odessa e realizaram a notificação. O presidente Willian Souza, que leu a decisão na íntegra, foi acompanhado dos vereadores Rai do Paraíso (Republicanos), Ulisses Gomes (PT), Rodrigo Digão (DEM), Hélio Silva (Cidadania), Gilson Caverna (PSB), Rudinei Lobo (PL) e Lucas Agostinho (DEM), além do corpo jurídico da Casa.

A direção do Consimares não foi localizada pela reportagem no início da noite desta segunda-feira para comentar o caso. O espaço está aberto à manifestação do consórcio. 

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