sexta-feira, 26 abril 2024

Potencial de consumo cresce na região

 Pesquisa nacional “IPC Maps” aponta que gastos das famílias podem subir R$ 4 bi em relação ao péssimo 2020

Comércio | Potencial de consumo mapeado por pesquisa cresce na região ( Foto: Arquivo/Todo Dia)

Os municípios da região deverão ter um ganho de 14,7% no potencial de consumo neste ano em relação aos dados do ano passado, mesmo em meio ao enorme impacto econômico causado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Os dados foram divulgados esta semana pela pesquisa “IPC Maps 2021”, especializada há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais do governo e através de versões em softwares de geoprocessamento.

Na região, os moradores das cidades de Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Hortolândia, Sumaré e Nova Odessa deverão gastar cerca de R$ 4 bilhões a mais para aquisição de produtos e serviços, reforçando a possibilidade de um horizonte não muito distante de retomada da economia.

O município de Americana é que tem o maior potencial de consumo das famílias entre as cinco cidades da microrregião, com R$ 8,7 bilhões, cerca de R$ 900 milhões a mais que o projetado no ano passado. Em seguida, vem Sumaré, com R$ 8,1 bilhões em potencial de consumo.

Hortolândia e Santa Bárbara d’Oeste seguem logo atrás e apresentaram resultados próximos, cerca de R$ 6,4 bilhões e R$ 6 bilhões, respectivamente, potencial que também supera o estimado em 2020, quer foi de cerca de R$ 5,4 bilhões para ambas as cidades. Nova Odessa, por sua vez, pode chegar a um consumo de R$ 2 bilhões nesse ano, cerca de R$ 400 milhões a mais que no ano passado.

Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, o crescimento esperado para este ano é satisfatório, já que as perdas registradas em 2020, em função do isolamento social imposto pela pandemia, vão demorar para ser esquecidas. “Aos poucos, os brasileiros tentam voltar à rotina normal, e é isso que estimulará o consumo em 2021”, aposta.

Cândido Ferreira Silva Filho, economista e professor da PUC-Campinas, ressalta que 2020 foi um ano muito ruim, sendo que o PIB (Produto Interno Bruto) caiu por volta de 4,1%. “Temos uma base para comparação em que o consumo esteve muito baixo. Mas a economia está retomando o crescimento. Na medida em que a vacinação avançar a confiança da população irá crescer, puxando o consumo”, explicou.

No entanto, para que o país retome o crescimento sustentado, Cândido afirma que é preciso realizar investimentos produtivos e que o empresariado precisa ter confiança no futuro e investir. “Este me parece o maior desafio no momento”, disse.

“Essa melhora no ambienta econômico não é passageira na medida em que o consumo está reprimido. Se houver a retomada dos investimentos produtivos podemos ter um ciclo longo de crescimento, com geração de empregos e consumo em alta”, concluiu.

CENÁRIO NACIONAL

O estudo, publicado anualmente pela IPC Marketing Editora, traça o mapa do potencial de consumo de todos os municípios do país para este ano. A pesquisa também mostra que o desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros equivale a R$ 2,011 trilhões, ou 39,6% de tudo o que é consumido no território nacional. No ranking dos municípios, os principais mercados permanecem sendo, em ordem decrescente, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Em 5º lugar, aparece Salvador, deixando Curitiba logo atrás. Na sequência, vem Fortaleza, Porto Alegre e Goiânia em 9º, ultrapassando Manaus, que cai para a 10ª posição. Da mesma forma, cidades metropolitanas ou interioranas como, Campinas que está classificada no 11º lugar, também se sobressaem nessa seleção.

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