sexta-feira, 22 novembro 2024
ESPECIAL RACISMO

O racismo religioso causando cicatrizes profundas

A continuação da série de reportagens da TV TodoDia traz um relato sobre o tema, gravado justamente em um local que já foi conhecido por sediar o enforcamento de negros na época da escravidão
Por
João Victor Viana
Foto: Rede TODODIA

Nas complexas relações humanas, onde crenças, valores e culturas se entrelaçam, um fenômeno sombrio persiste: o racismo religioso. As raízes do preconceito encontram-se profundamente nas estruturas sociais, e suas manifestações podem ser sutis ou abertamente hostis.

Ao longo dos séculos, grupos religiosos tem sido alvo de discriminação e intolerância, seja por suas crenças espirituais, rituais sagrados ou vestimentas culturais. O racismo religioso, portanto, representa uma junção de dois principais tipos de identidade muitas vezes conflitantes: a espiritual e a étnica.

As manifestações preconceituosas podem variar desde a exclusão social e econômica até formas mais evidentes de violência, todas elas deixando cicatrizes profundas nas comunidades afetadas.

Nesse contexto, a série de reportagens da Rede TODODIA aborda essa questão crucial em seu segundo episódio, buscando iluminar as sombras do racismo religioso, lançando luz sobre a vida real com o depoimento do ativista político e social, Carlos Roberto dos Santos Júnior, de 31 anos.

A entrevista do episódio foi gravada na Praça Santa Cruz, em Campinas, um local muito marcante já que, na época da escravidão, ficou conhecido como Largo da Forca, pois sediava o enforcamento de negros, e justamente na última cidade brasileira a abolir, na prática, a escravidão.

Candomblecista, Carlos expõe que não estamos em um país laico e sim um país Cristão. “Há um preconceito religioso muito forte, ainda somos apedrejados. Dizem que existe uma ‘cristofobia’, mas isso é um devaneio, uma loucura”, afirmou ele.

Mesmo enxergando a dizimação do racismo como uma utopia, o ativista expõe que a punição severa ainda é a melhor alternativa para que as coisas melhorem.

“Acho que não só penas maiores, mas também a gente precisa de punições financeiras. ‘Doer no bolso’ acho que pode ser uma saída, e que esse dinheiro vá para espaços que eduquem”, expressou.

O segundo episódio da série de reportagens será exibido nesta terça-feira (15), no canal 14 digital, canal 8 da TV a cabo (Nova Odessa – Inov), na plataforma de streaming www.tvtododia.com.br e em nosso canal do YouTube: tvtododia.oficial

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