segunda-feira, 25 novembro 2024

Planejamentos distintos na final da Copa do Brasil

Cruzeiro e Corinthians chegam à decisão da Copa do Brasil com planejamentos bem distintos. Enquanto um clube manteve a base e fez contratações pontuais após a conquista de um título nacional na temporada passada, o outro perdeu peças importantes e praticamente montou uma nova equipe. A primeira partida da final acontece hoje, às 21h45, no Mineirão.

Atual campeão e maior vencedor da competição ao lado do Grêmio -5 vezes-, o Cruzeiro seguiu o planejamento à risca após ganhar o torneio.

A primeira medida foi renovar o contrato de Mano Menezes. Mesmo antes de ser empossado, o presidente Wagner Pires de Sá renovou o vínculo do treinador até o final de 2019. Na oportunidade, Mano era cobiçado pelo Palmeiras.
“Eu sempre preguei que a continuidade do trabalho é algo diferenciado para os treinadores. Já tinha saído uma vez do Cruzeiro para ir à China porque não tinha como dizer não. Não seria correto eu voltar para o Cruzeiro e, de novo, não dar sequência ao trabalho. Se saio de novo, estaria jogando fora o que construi”, disse o treinador.

Dos jogadores que enfrentaram o Flamengo na decisão do ano passado, apenas três saíram: o lateral Diogo Barbosa, o volante Hudson e o meia-atacante Alisson.

O primeiro foi negociado com o Palmeiras, enquanto o segundo retornou de empréstimo para o São Paulo. Já Alisson foi envolvido em uma troca com o Grêmio, que repassou o lateral direito Edílson, posição carente no elenco cruzeirense.

O time também contratou o lateral esquerdo Egídio e os atacantes Barcos e Fred.

Mano ainda encontrou no próprio elenco os substitutos de Hudson e Alisson. Lucas Silva, bicampeão brasileiro pelo clube, entrou na vaga do volante, enquanto Arrascaeta e Rafinha costumam atuar como segundo atacante.

Já o Corinthians sofreu dois desmanches desde a conquista do Brasileiro de 2017. Em um primeiro momento, perdeu o zagueiro Pablo, o lateral Arana e o atacante Jô. Neste ano, viu a saída de Balbuena, Maycon e Rodriguinho. Até Sidcley, que veio como reforço para 2018, também já saiu.

O time ainda perdeu o treinador Fabio Carille, que acertou com o Al Wehda, da Arábia Saudita. Efetivou o auxiliar Osmar Loss, que não vingou, e contratou Jair Ventura.

Os únicos remanescentes do setor defensivo, ponto forte da equipe no ano passado, foram Cássio e Fagner. Outras peças importantes e que ainda continuam são o volante Gabriel, o meia Jadson e os atacantes Romero e Clayson.

Arqueiros falam em privilégio e equilíbrio 
Parte importante de oito títulos desde que chegou ao time alvinegro, o goleiro Cássio não conquistou a Copa do Brasil e diz se sentir um privilegiado pela história que conseguiu construir no clube.

“Por poder buscar esse título, sou um privilegiado. Nem nos meus melhores sonhos, eu imaginaria fazer uma história tão grande. Ser vitorioso com essa camisa, em que tantos jogadores consagrados não conseguiram jogar. E eu posso estar aí, de repente, conseguindo todos os títulos”, afirmou.

Enquanto isso, o arqueiro do Cruzeiro, Fábio, a destacou a importância de ser equilibrado nas duas decisões.

“O Cruzeiro tem consciência que jogar em São Paulo é difícil, principalmente dentro de uma final. Esperamos fazer por onde e conquistar um grande resultado para ter mais tranquilidade”, disse

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