sábado, 23 novembro 2024

Carrefour reabre com poucos clientes, pichações e flores na porta

Com poucos clientes, pichações na área externa e flores no chão, foi reaberta nesta segunda-feira (23) a unidade do Carrefour na zona norte de Porto Alegre onde João Alberto Freitas, 40, foi espancado e morto por seguranças na última quinta-feira (19).

Se havia poucos clientes pela manhã, o número de seguranças na loja, porém, era superior ao de dias normais.

Na parte externa do supermercado ainda era possível ver marcas dos protestos ocorridos durante o final de semana, como pichações no acesso ao estacionamento e flores colocadas ao pé das grades em homenagem à vítima.

Funcionários de uma empresa terceirizada faziam a limpeza do local de manhã, repintando grades e apagando pichações, mas ainda era possível ver frases como ”o racismo é o vírus” e ”Carrefour bando de racista”.

A defesa do policial militar Giovane Gaspar, um dos presos pelo crime, negou a intenção de matar ou motivação racista no episódio e levantou a hipótese de que a vítima possa ter morrido em decorrência de um ataque cardíaco. A perícia inicial apontou asfixia.

O Carrefour classificou a morte como “brutal” e anunciou rompimento do contrato com a empresa de segurança, além de demitir os funcionários envolvidos.

A polícia tenta agora identificar, por meio das imagens, todas as pessoas que estavam presentes no momento do crime, além dos autores.

No domingo (22) houve novos protestos pela morte de Beto Freitas no Rio de Janeiro.

A manifestação ocorreu em frente ao Carrefour do Norte Shopping. Segundo a Polícia Militar, que acompanhou o protesto, não houve episódios de violência. Em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, ocorreu uma manifestação pacífica na tarde de sábado (21), em uma praça pública no centro da cidade.

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