A primavera começou neste sábado (23) e registra intenso calor na cidade de Americana e região. O Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp informou que a mudança de estação deve manter as altas temperaturas na RMC (Região Metropolitana de Campinas).
Segundo o Cepagri, a previsão na região é de até 36°C neste sábado (23) e de 37°C no domingo (24) e já para segunda-feira (25) é de 38°C. Neste sábado, os termômetros marcavam 35,4°C em Americana às 13h, 34,7°C em Santa Bárbara d’Oeste e 34,6°C na cidade de Nova Odessa.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) está emitindo alertas sobre a onda de calor e a baixa umidade do ar para a RMC. O intenso calor é atribuído ao fenômeno “El Niño”, composto por uma corrente marítima que aquece as águas do Oceano Pacífico e altera o regime de nuvens em toda a América do Sul, com repercussão – maior ou menor – em todo o planeta. A umidade relativa do ar está prevista para chegar a 20%.
Recomendações básicas em caso de umidade relativa abaixo dos 30%
Ingestão abundante de líquidos, umidificação de ambientes, hidratação da pele e de mucosas (nariz e olhos). Para detalhes, consulte especialistas da área médica. Para umidade relativa abaixo dos 20%, intensifique os cuidados.
Cuidados com exposição direta ao sol, sobretudo em períodos prolongados ou entre o final da manhã e o meio da tarde: uso de protetor solar é extremamente recomendável, bem como a preferência por lugares à sombra.
O Tenente da PM (Polícia Militar), Dirceu Cardoso Gonçalves, e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo) orienta que as temperaturas extremas exigem providências na distribuição de água às pessoas em situação de rua. “Os diferentes fenômenos que temos enfrentado constituem o grande indicativo de que precisamos de cuidados especiais diferentes daqueles que até agora eram providenciados”, comenta.
Ele alerta que é preciso resolver os problemas das encostas para evitar que a casa da parte superior caia sobre as localizadas abaixo e mate seus moradores. “Infelizmente é um problema que se agrava e tem sua raiz na eliminação da cobertura natural do solo”.