O ator, diretor de cinema, roteirista e professor Maurice Capovilla morreu neste sábado, 29, aos 85 anos. O anúncio foi feito por sua mulher, Marilia Alvim, em seu perfil no Facebook. “Hoje Capô foi dançar no infinito. 1936-2021”, escreveu. A causa da morte não foi divulgada.
Nascido em Valinhos, em São Paulo, Capovilla ficou conhecido por obras que retratavam as condições de vida dos brasileiros, como “Bebel, Garota Propaganda”, de 1968, seu primeira longa-metragem ficcional. No filme baseado em “Bebel que a Cidade Comeu”, de Ignácio Loyola Brandão, ele contou a história de uma menina pobre contratada para ser o rosto de uma marca de sabonetes.
Poucos anos antes, no documentário “Subterrâneos do Futebol” (1965), o cineasta explorou a paixão do país pelo futebol e escancarou a rotina difícil de jogadores que usavam o esporte para ascender economicamente.
Depois ainda vieram “O Profeta da Fome” (1969), com José Mojica Marins –o Zé do Caixão– no elenco e “O Jogo da Vida” (1977), protagonizado por Lima Duarte, Gianfrancesco Guarnieri e Maurício do Valle, entre outros.
Ele ainda integrou o projeto de implantação do Instituto Dragão do Mar, que atualmente gere 11 equipamentos culturais no Ceará.
O corpo de Capovilla será cremado neste domingo (30), no Cemitério do Caju, no Rio, com a presença de sua mulher e parte da família.