sábado, 27 abril 2024

Aventura, companheirismo e ajuda à comunidade

Aventureiros, extremamente companheiros e dedicados para com a comunidade. Sempre atentos às necessidades sociais no bairro e na cidade. Assim são os jipeiros. Feliz da cidade que tem essa turma e em Sumaré há pelo menos dois grandes grupos de jipeiros: o Jeep Clube Sumaré e os Guerreiros 4×4. Se você tem a imagem desses jipeiros como um bando de malucos que adoram lama, poeira e buraco, saiba que você está coberto de razão. Mas talvez o que você não saiba é que estes doidos por 4×4 são, acima de tudo, companheiros por natureza e colaboram de forma significativa para a cidade. Na maioria das vezes, de forma bem discreta.
Rogério Denadai, um dos coordenadores do Jeep Club Sumaré, explica que o grupo formado por cerca de 140 amantes off road tem como base a integração e a união familiar. “Dessa integração e união buscamos divulgar o nome de Sumaré Brasil afora e colaborar com entidades filantrópicas da cidade que exercem um importante papel”, disse ele.
O Jeep Clube Sumaré, na maioria das vezes pratica ações sociais sem fazer questão alguma de divulgação. Exemplo disso foi a arrecadação de mais de 6 toneladas de alimentos em uma exposição de caminhões, jeeps e veículos antigos. Em parceria com o Rotary, estes alimentos foram doados a entidades que verdadeiramente necessitam.
Além de colaborar de forma decisiva com a comunidade, os jipeiros ainda são uma atração para pessoas de todas as idades. Quem não se impressiona com as máquinas de pneus enormes com guinchos, quase sempre enlameados?
De acordo com Andrey Santana Pozzebom, presidente do Guerreiros4x4, outro importante clube de jipeiros da cidade, é importante que o grupo tenha participação nas questões sociais. O Guerreiros4x4 sempre mobiliza seus jipeiros para a participação de ações, como o passeio de jeep com as crianças do centro de Assistência à Criança Carente. “Já nos mobilizamos para a campanha do agasalho, em prol de instituição que atende crianças e várias outras”, explicou Andrey.

 
Júlio: um exemplo de guerreiro

O grupo Guerreiros4x4 tem esse nome em homenagem ao jipeiro Júlio Folva. A história pode não ser alegre, mas certamente mostra a força de vontade e o amor pela vida. Segundo Andrey Pozzobom, o nome do grupo é uma homenagem ao integrante do grupo, Júlio Folva, que mostrou o real significado da palavra guerreiro ao passar uma delicada situação há quatro anos.
No dia 23 de abril de 2014, Júlio saiu de Sumaré e foi até Campinas para comprar um jeep. Lá no local, foi abordado por dois assaltantes e mesmo sem reagir, foi baleado com três tiros à queima roupa. Júlio foi ferido no estomago, pulmão, baço, fígado e o esôfago.
Socorrido pelo amigo e também jipeiro Rafael Bueno, permaneceu em coma induzido por oito noites e sete dias na Unidade de Tratamento Intensivo. Mostrou-se um guerreiro e em 10 de maio daquele ano, teve alta. “Com o ocorrido seus amigos e familiares uniram-se de uma forma inexplicável para de todas as formas ajudar na recuperação do nosso ‘guerreiro’, que mesmo após ser baleado com três tiros e ter alguns órgãos prejudicados sempre mostrou-se otimista e confiante na sua recuperação”, conta a história do clube.
Após a recuperação de Júlio, surgiu a ideia de oficializar o grupo e unir em Sumaré os adeptos do mundo off-Road.

 
União e companheirismo

Se tem turma unida, risada e felicidade, tem jipeiro no meio. O companheirismo é a base. O espírito do jipeiro. É questão de espírito. Tanto que todo jipeiro sabe que jamais se entra na trilha sozinho, pois é a união que faz a força.
Os passeios e trilhas unem muita gente, pessoal de outra cidade inclusive, e a atenção dada a cada um é extrema. Uma das regras na trilha é o jeep da frente cuidar do jeep de trás. Assim, jamais alguém fica na trilha. “Quebrou, nem que tenhamos que passar de um dia pro outro na trilha, mas volta todo mundo junto”, disse Rogério Denadai.

 
Cientes de seu papel na sociedade, jipeiros realizam ações sociais, como plantio

 
 

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