Nesta quarta-feira (17) em entrevista coletiva, o governador Tarcísio de Freitas entregou a primeira etapa de implementação da UFF (Usina Fotovoltaica Flutuante) Araucária, a maior usina solar flutuante do país, na represa Billings.
Tendo um investimento inicial de R$30 milhões e com 10,5 mil placas solares sobre a lâmina d’água, a planta possui capacidade de produzir até 10 GWh (gigawatt-hora) por ano o que equivale ao consumo de 4 mil residências, um avanço na geração de energia limpa e renovável no estado.
“O projeto é muito interessante porque a gente está aproveitando o espelho d’água para gerar energia, temos a primeira usina fotovoltaica flutuante que vai gerar energia comercialmente no Brasil. É um exemplo que veio para ficar e temos que usar esse potencial para gerar energia limpa, barata e acessível. É mais um passo na nossa política energética de sustentabilidade”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas.
A usina tem previsão de conclusão no final de 2025 com a entrega de outros 75 MW (megawatt) de energia, um investimento de R$450 milhões. Sendo um dos principais projetos para o desenvolvimento de matriz energética renovável ela está sendo implementada sob a coordenação da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.
“Esta usina é a concretização do que estamos perseguindo no estado de São Paulo em relação à energia limpa, transição energética e descarbonização. Nosso plano de energia tem um horizonte até 2050 e, só no ano passado, prospectamos mais de R$ 20 bilhões em projetos de energia que olham a economia circular. Isto significa usar energia limpa para levar prestação de serviço de qualidade aliada ao meio ambiente e ao que, de fato, significa sustentabilidade”, afirmou Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.
Com 7 MW pico de potência instalada, a usina também possui 5 MW de potência de conexão e painéis fotovoltaicos instalados em flutuadores de polietileno de alta densidade. A usina terá sua geração de energia iniciada imediatamente após liberação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) em relação a emissão da licença de operação.
A planta deve ser a maior do país após a sua conclusão a operar comercialmente na modalidade Geração Distribuída com os geradores localizados próximos aos centros de consumo e levará aos clientes da usina terem abatimento do consumo de energia elétrica por meio de compensação nas contas de luz.
Tendo uma bacia hidrográfica de 474,6 km², a represa Billings não sofrerá com a implantação da usina fotovoltaica visto que em comparação com a área total o espaço ocupado pela usina é menor que 0,1% tem um baixo impacto ambiental de instalação.