A Polícia Federal deflagrou hoje de manhã (8), duas operações de desdobramento da Lava Jato, que investiga o senador Romero Jucá (MDB-RR), e no Rio de Janeiro, com mandados para prender dez deputados estaduais envolvidos no esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), preso há quase dois anos.
Na, Operação Furna da Onça sete deputados estaduais do RJ¸ André Corrêa (DEM), Marcos Abrahão (Avante), Neskau (PTB), Luiz Martins (PDT), Chiquinho da Mangueira (PSC), todos reeleitos este ano, além de coronel Jairo (Solidariedade) e Marcelo Simão (PP), que não conseguiram renovar seus mandatos, são alvo pela primeira vez das investigações.
Os demais são os deputados afastados Jorge Picciani, Paulo Mello e Edson Albertassi, todos do MDB, que compunham a cúpula do MDB na Assembleia Legislativa, e presos há quase um ano na Operação Cadeia Velha. Todos foram acusados de receber propina de donos de empresas de ônibus.
Outros 12 mandados de prisão também são cumpridos. A ordem de prisão foi emitida pela 1ª Seção Especializada do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), foro especial de deputados estaduais.
A nova investigação sobre a Alerj tem como uma de suas bases a delação premiada do economista Carlos Miranda, espécie de gerente da propina arrecadada por Cabral. Ele era o responsável por administrar todos os recursos ilegais obtidos pelo emedebista e indicou que um grupo de políticos recebia dinheiro de Cabral em troca de apoio parlamentar.
ROMERO JUCÁ
Na operação Armistício, que tem como foco em Jucá, envolvido no caso dos portos, e envolvem pessoas ligadas ao senador. Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão, sendo sete na cidade de São Paulo, um Santos e um em Campo Limpo Paulista. Eles foram deferidos pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin.
O caso está relacionado à edição, em 2012, de uma resolução do Senado que buscava restringir a guerra fiscal nos portos brasileiros. O texto unificava alíquotas de ICMS praticadas pelos estados. Segundo a PF, os pagamentos indevidos, de R$ 4 milhões, teriam sido feito pela empreiteira, “que tinha interesse na edição do ato”. Os valores teriam sido entreguem em espécie ao congressista.