Entre janeiro e 20 de maio de 2019 foram confirmados 13.912 casos de dengue em Campinas. A região mais atingida é a Noroeste com 4.029 registros. Em seguida, está a região Sudoeste com 3.445 casos e a região Sul com 3.428 casos.
Foram registrados três óbitos de moradores de Campinas, sendo uma criança de 5 meses, do sexo feminino, uma mulher de 19 anos e um idoso de 92 anos, todos atendidos pela rede privada de saúde do município. A criança e o idoso eram residentes na Região Sul, já a jovem morava na Região Norte da cidade.
A Secretaria de Saúde ressalta a necessidade de colaboração da população para eliminar qualquer recipiente capaz de acumular água e servir de criadouro para o mosquito, incluindo garrafas pet, tampinhas, latas, sucatas e entulhos de construção, além de efetuar a limpeza das calhas de telhados e caixas d’água. O ciclo do mosquito de ovo, larva, pupa e adulto pode se completar em oito dias e, portanto, a retirada de criadouros deve ser regular.
Mais de 320 mil imóveis foram visitados pelas equipes que atuam no controle da dengue entre 1º de janeiro e 30 de abril de 2019. No mesmo período, cerca de 73 mil imóveis foram nebulizados com inseticida e aproximadamente 203 mil imóveis tiveram criadouros removidos.
A nebulização, que é usada para eliminar o mosquito em sua fase adulta, foi suspensa no início do mês, pois o Ministério da Saúde não está mais fornecendo o inseticida usado neste processo. Segundo o governo federal, há um desabastecimento momentâneo do produto em todo o território nacional.
A Prefeitura mantém atuação em diversas frentes para eliminar os criadouros e evitar o nascimento de novos mosquitos. Todos os dias, 804 profissionais do quadro próprio da Prefeitura atuam nas ações de prevenção de campo. Dentro desse quadro, e para reforçar o trabalho de campo, foi contratada, em julho de 2018, uma empresa, com 120 profissionais, que realiza telagem de caixas d´água e controle de criadouros. Também faz parte do escopo da empresa a realização da nebulização em áreas de transmissão de dengue, o que será retomado a partir de junho, conforme previsão de abastecimento do Ministério da Saúde.
MUTIRÕES
A Secretaria Municipal de Serviços Públicos tem feito mutirões de limpeza para compor a força-tarefa no combate à dengue. O próximo mutirão será a partir de segunda-feira, 27 de maio, na região que abrange a Administração Regional 4, região Norte da cidade, em bairros como Jardim São Marcos, Jardim Santa Mônica, Vila Olímpia, Vila Esperança, Jardim Mirassol, entre outros.
O distrito do Campo Grande, na Região Noroeste, e a região do Campo Belo, na região Sul, já receberam os mutirões. No Campo Grande foram coletados 2.700 toneladas de lixo e entulho descartados de forma irregular e no Campo Belo foram 1.200 toneladas em apenas quatro dias em cada região.
Nos mutirões há serviços de coleta de entulho, roçagem e capinação, cata-treco, desobstrução de bocas de lobo entre outros. Além disso, esses serviços de limpeza em pontos de descarte irregular de resíduos em áreas públicas e a notificação de proprietários para que limpem os terrenos são feitos frequentemente.
Para esse trabalho, atuarão cerca de 170 pessoas entre funcionários e reeducandos. Serão empregadas por volta de 30 máquinas, incluindo caminhões e roçadeiras. De acordo com o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, os mutirões têm como objetivo trabalhar em diversas frentes para promover a limpeza e auxiliar no combate à proliferação do mosquito Aedes Aegpyt, transmissor da dengue.
ESCOLAS
A Prefeitura Municipal também realiza um trabalho com as mais de 200 escolas municipais. São distribuídos folhetos e o tema faz parte dos projetos pedagógicos, sendo trabalhado em disciplinas, como nas aulas de ciências. As crianças podem atuar como multiplicadoras, levando para suas famílias e a comunidade as informações sobre como dispor corretamente os resíduos e evitar que se tornem criadouros.