terça-feira, 26 novembro 2024
Um mês de enchentes

Caminhos da Reportagem traz especial sobre as enchentes no RS

Programa é retransmitido pela TV TODODIA neste domingo (2), a partir de 21h30
Por
Redação
Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

O Caminhos da Reportagem acompanhou o dia a dia de quem perdeu tudo e também a solidariedade que uniu o país. O programa é retransmitido neste domingo (2), às 21h30, pela TV TODODIA.

Chuvas, enchentes, pessoas desalojadas, ruas e estradas alagadas, cidade debaixo d’água – há um mês, era decretado Estado de Calamidade Pública no Rio Grande Sul. A região mais meridional do Brasil sofre com a destruição causada pela pior enchente já registrada ali. Consequências das mudanças climáticas que já são uma realidade mais perto do que imaginávamos.

O corretor de imóveis João Marcos Rosa, viveu momentos desesperadores em Eldorado do Sul, uma das cidades mais atingidas. “É muita água, subiu muito forte, ela passa e parece filme de terror”, conta. Ele e a família sobreviveram porque ficaram na laje da casa do vizinho, que tem 2 andares. Além dele, a esposa, os sogros, cunhados, 2 bebês e 7 cachorros conseguiram sobreviver e foram levados para abrigos em Porto Alegre.

Também em Eldorado era possível ver filas de carros com pessoas dentro e mesmo famílias abrigadas em pontos de ônibus, com eletrodomésticos que conseguiram salvar. “A gente ficou a noite toda dentro d’água, sem comida e energia, hoje de novo não dá”, afirmou a aposentada Maria Machado Braga, que estava na parada de ônibus com a família da filha.

Um intervalo de 83 anos separa as cheias de 2024 da pior enchente, até então, do Rio Grande Sul, a de 1941. As deste ano já superaram as do passado. “Ela é uma enchente com recorrência de 300 anos. Nós estamos em 2024, não são 300 anos. Então, o que apertou, encurtou o tempo? Indubitavelmente, é o aquecimento global”, afirma o geólogo gaúcho Rualdo Menegat.

Para um dos maiores especialistas de clima do país, o pesquisador Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), o aquecimento global tem tornado mais intensos fenômenos que sempre existiram. “O planeta mais quente tem muito mais umidade na atmosfera, muito mais evaporação de água dos oceanos, então ele faz com que esses fenômenos se tornem mais intensos”, explica.

Ficha técnica

Reportagem: Guilherme Portanova, Bárbara Pereira e Vladimir Platonov
Roteiro: Carina Dourado e Paulo Leite
Reportagem cinematográfica: Gilvan Alves, Rogério Simas e Rogerio Verçoza
Apoio reportagem cinematográfica: JM Barboza (SP)
Auxílio técnico: Edivan Viana
Apoio auxílio técnico: Ivan Meira (SP)
Produção: Cintia Vargas, Cleiton Freitas, Patrícia Araújo e Raquel Wunsch
Apoio Produção: Ana Graziela Aguiar (SP)
Edição de texto: Carina Dourado e Paulo Leite
Edição de imagens e finalização: André Eustáquio
Design: Caroline Ramos
Videografismo: Alex Sakata

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