Quatro cidades da região tiveram, juntas, uma queda de 2% do número de crianças nascidas vivas em 2018, em comparação com o 2017. É o que apontam os dados mais recentes de um estudo da Fundação Seade (Serviço Estadual de Análise de Dados e Estatísticas), com base em dados dos cartórios de registro de civil de todo o Estado. Foram 9.631 nascimentos no ano passado em Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa e Sumaré. No anterior, foram 9.829.
As maiores quedas percentuais ocorreram em Nova Odessa (-5,4%) e Sumaré (-4,3%). Santa Bárbara d’Oeste ficou praticamente estável (-0,7%) e Americana foi a única com uma ligeira alta (1,4%).
O número total de Americana (2.706 crianças), no entanto, é cerca de 33% menor do que em 1982, ano em que a taxa de nascimentos na cidade atingiu o pico, com 4.097 registros.
NOVA ORDEM
Segundo os técnicos da Seade, esses números refletem uma mudança no comportamento das famílias.
“A fecundidade da mulher paulista oscilou em torno de 1,70 filho por mulher, entre 2010 e 2018, mas no período anterior, de 2000 a 2010, a variação havia sido importante, reduzindo de 2,08 para 1,68 filho por mulher”, afirma o estudo.
Um exemplo dessa tendência é a vendedora Camila Antunes Bragantim de Pontes, de Santa Bárbara d’Oeste.
Ela e o marido, Sidney de Pontes, tiveram em 2018 o segundo filho: o pequeno Arthur, nascido no Hospital Santa Bárbara.
O casal, que um ano antes havia tido outro menino, o Rafael, não planeja aumentar mais a família.
“Achamos que dois (filhos) é uma quantidade boa. Não tem um motivo, mas não queremos ter mais”, afirma. A mãe dela teve três filhos e a avó paterna, nove.
SÃO PAULO
De acordo com as estatísticas do Registro Civil, o número de nascidos vivos de mães residentes no Estado, em 2018, foi de 605.630.
Em 1982, ponto máximo de sua evolução, ocorreram 771.804 nascimentos.
A Região Metropolitana de São Paulo Respondeu por metade dos nascimentos (302.919) ocorridos no Estado, neste último ano.
Já na região de Campinas, foram registrados 90.151 nascidos vivos (15% do total do estado) e, na região de Registro, a menor de São Paulo, 4.045 nascimentos, o que corresponde a menos de 1% do total.
Os nascimentos ocorrem em proporções ligeiramente maiores entre março e maio, ficando abaixo da média nos últimos meses do ano.
Por Walter Duarte