domingo, 28 abril 2024

Abastecimento de água em Americana deve normalizar no fim da semana, prevê DAE

Comprometido desde a manhã de quarta-feira (15) devido ao rompimento de uma adutora no Rio Piracicaba, o abastecimento de água em Americana só deverá ser totalmente normalizado no final de semana. A informação foi dada ontem pelo diretor geral do DAE (Departamento de Água e Esgoto), Carlos César Gimenes Zappia. 

A previsão inicial era que os trabalhos de conserto na adutora (tubulação que distribui a água) que apresentou vazamento na Avenida Nicolau João Abdalla, iniciados ainda na madrugada de quarta-feira, fossem concluídos até às 20h de ontem (após o fechamento desta reportagem). Mesmo que o cronograma seja cumprido, a normalização completa do abastecimento dependerá do nível de consumo e de não ocorrer mais nenhum imprevisto. 

“A gente, tendo uma participação efetiva da comunidade, até o final de domingo a gente vai estar normalizado”, afirmou o diretor da autarquia ontem à tarde, enquanto acompanhava os incessantes trabalhos das equipes do DAE para reparo na adutora, que faz a captação de água bruta do Rio Piracicaba. Assim que o serviço é concluído, testes são feitos para checar se não há mais vazamentos, para somente então liberar a água na rede e aos reservatórios, que estão vazios. 

Ainda na quarta-feira, o DAE concluiu a primeira fase do trabalho, fez a ligação da água na rede por aproximadamente 11 horas para encher os reservatórios, para garantir o abastecimento da população ontem. Depois, os serviços foram retomados às 6h de ontem. 

Mesmo assim, muitos bairros da cidade ficaram sem água. O DAE não informou quantos bairros, nem o total da população afetada. 

A prefeitura abasteceu o Hospital Municipal e as Unidades Básicas de Saúde com caminhões pipa. 

“A normalidade não vai acontecer amanhã (hoje). Nós temos que encher todas as redes, encher as caixas d’águas das pessoas. Então, isso demora. Nós vamos ter que fazer descarga, porque as redes são de ferro, ficaram secas e vai surgir água com cor e com turbidez. E nós vamos precisar também da colaboração da comunidade. Uso racional nos próximos três a quatro dias para que a gente possa ter todo mundo com água na torneira”, informou o diretor geral do DAE. 

SERVIÇO DELICADO E PERIGOSO 

Uma equipe com 30 homens do DAE enfrentou dificuldades para executar as obras na adutora rompida. Máquinas tiveram de cavar cerca de 5,5 metros no solo para acesso à tubulação danificada. 

Além disso, a rede é encamisada, ou seja, uma tubulação dentro de outra. 

Outro agravante no serviço é que a adutora está entre uma rede de oxigênio, uma de CO2 (gás carbônico), uma de gás natural e duas redes de esgoto pressurizado, o que torna o serviço perigoso. “É um trabalho extremamente delicado”, mencionou o diretor do DAE. 

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