A PF (Polícia Federal) de Campinas (SP) deflagrou na manhã desta quarta-feira (30) a Operação Wolfie, que tem como principal objetivo apurar uma tentativa de fraude de R$300 milhões no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A ação resultou em mandados de prisão preventivas e busca e apreensão, nas cidades de Campinas e Hortolândia.
A investigação teve início após desdobramentos da Operação Concierge, que investiga fraude de R$7.5 bilhões contra por meio de fintechs, bancos digitais não autorizados pelo Bacen (Banco Central).
Durante a análise dos dados foi constatado que uma das fintechs investigadas havia protocolado um pedido de financiamento de um banco autorizado pelo Bacen ao BNDES antes do início da operação
Segundo a Polícia Federal, o pedido foi protocolado com documentos falsos fabricados pelo dono da fintech junto com seu contador e um lobista, que seria responsável por tentar uma aprovação junto ao BNDES para aprovação. O pedido foi negado dias depois do início da operação Concierge.
Na manhã desta quarta-feira (30), em Campinas, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão. Já em Hortolândia, foi cumprida um mandado de busca e apreensão. Os materiais apreendidos e os presos foram encaminhados para a 9ª Vara Federal de Campinas.
Os investigados responderão pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa, obtenção de financiamento mediante fraude e advocacia administrativa, cujas penas máximas somadas ultrapassam 25 anos de prisão.