Pelo menos 17 venezuelanos morreram nos últimos dias ao tentar cruzar a região conhecida como Páramo de Berlín, santuário natural na cordilheira andina, na Colômbia. As informações são da Agência Brasil.
O local tem dezenas de lagoas e registra temperaturas muito baixas que podem chegar aos 15º C negativos. Ontem, por exemplo, as temperaturas mínimas rondaram os 7º C na pequena cidade de Tona, situada na região.
Diretora do albergue Espíritu Santo, na cidade de Tunja, Anny Uribe, diz que muitos venezuelanos têm empreendido a viagem a pé e que os relatos contabilizam ao menos 17 mortos por hipotermia nos últimos dias. Entre as vítimas, nove crianças.
“Ficamos sabendo de muitas histórias, inclusive a de uma mãe que estava alimentando seu bebê -ela e a menina morreram de parada respiratória. E, que a gente saiba, morreram nove crianças e oito adultos. É uma história muito forte e o mais triste é que as suas famílias nem devem saber que morreram no caminho”, contou Anny.
Após cruzar a fronteira na cidade de Cúcuta (Colômbia), os venezuelanos que vão para Bucaramanga enfrentam cerca de 190 km a pé, trajeto em que levam cerca de 50 horas.
BRASIL
Mais de 204 venezuelanos foram transferidos ontem (4) de Boa Vista (RR) para Manaus (AM) e Cuiabá (MT). A maior parte, 180, foi para a capital do Amazonas, e 24 desembarcaram na capital mato-grossense. A transferência dos imigrantes faz parte da sétima etapa do programa federal de interiorização dos venezuelanos que ingressaram no Brasil pelo estado de Roraima fugindo da crise do país vizinho.
Hoje, mais 217 venezuelanos sairão de Boa Vista em voos da FAB, sendo que quatro imigrantes serão levados para o Distrito Federal, 88 para São Paulo e 125 para a cidade de Esteio, no Rio Grande do Sul.
*Com informações da Folhapress