Ao comemorar quatro anos de funcionamento, a Cooperativa Juntos Somos Fortes – Central de Gerenciamento de Resíduos Recicláveis de Santa Bárbara d’Oeste (JSF), ganhou um presente. Recebeu R$ 140 mil de investimentos em equipamentos e adequações das instalações do Rotary Club Internacional e Global. Estes equipamentos vão agilizar o processo de reciclagem dos materiais, aumentar a renda dos cooperados e evitar que toneladas de recicláveis sejam encaminhados ao aterro sanitário municipal.
A entrega oficial foi feita durante solenidade realizada na sede da cooperativa, na Rua James Muller Carr, 485, no Jardim dos Cedros ( Parque Industrial II), na manhã desta sexta-feira (27).
Estes recursos foram levantados pelo Rotary Club de Santa Bárbara e pelos seus parceiros locais e globais, como a Fundação Rotária Internacional, o Distrito número 3000 da Índia, o distrito 4310 do Brasil, o RC de Karur Angels da índia, o RC de Arlington Sunrise – Estados Unidos, o RC Barrancas de Belgrano – Argentina, e o RC de Santa Barbara d’Oeste Progresso.
A atual presidente do clube de serviço barbarense, Silvia da Silva Camacho, informou que os recursos foram empregados na compra de prensa, esteira, adequação nas instalações, montagem da cozinha, fixação do relógio ponto e de placas de doação. “Aqui não tem coadjuvantes. Só tem atores principais”, mencionou a presidente, na solenidade, ao homenagear os cooperados.
O Rotary vai acompanhar a cooperativa mais três anos para promover treinamento de segurança do trabalho e outras ações necessárias, segundo a presidente. O governador do distrito 4310, gestão 2018-19, Laerte Tadeu Zucolo, disse que o importante é o resultado das ações na vida das pessoas, como constatou a partir dos depoimentos.
A meta é aumentar o número de cooperados dos atuais 19 para 35 ou 40, e dobrar a capacidade de processamento dos materiais reciclados de 50 para 70 e 100 toneladas, informou a presidente da cooperativa, Elisabete Maria de Lima Matos. Para ela, esta sexta-feira foi um dia muito especial.
Elisabete usou um trecho da Bíblia para resumir os desafios superados: “Tudo é possível naquele que crê”. “Foram quatro anos de muitas lutas, de muita experiência, muitas risadas, mas também de muitos choros”, citou, na solenidade.
SONHO
Um dos fundadores da cooperativa, Antonio Carlos Viana de Barros, disse que o sonho foi construído a muitas mãos. “Atravessamos mares revoltos”, mencionou. Ele informou que uma das propostas do projeto era gerar emprego e renda para as famílias da favela Zumbi dos Palmares, que conquistaram casas populares. E também empoderar as mulheres, muitas vezes abandonadas pelos maridos e que sustentam os filhos.
No início, os cooperados ganhavam de R$ 300 a R$ 400 mensais. Hoje, recebem quase R$ 2 mil. E a meta é chegar a R$ 3 mil mensais ano que vem.
GALPÃO
Segundo o secretário do Meio Ambiente, Cléber Canteiro, a montagem do galpão e da estrutura atual só foi possível a partir da destinação de recursos pelo Gaema (Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente) do Ministério Público de Piracicaba, que destinou recursos de multa aplicada a uma empresa para construção do galpão.
A secretária de Educação, Tânia Mara, fez um retrospecto sobre a implantação da cooperativa para gerar renda às famílias que residiam na favela. “Que história mais linda. Não tem como não se emocionar”, disse Tânia. Ela relembrou que as 54 escolas do município fazem a coleta de lixo reciclado, destinado às duas cooperativas da cidade.
