O médico infectologista do Hospital Municipal de Americana, Arnaldo Gouvea, afirmou que a aglomeração em Americana foi acima do esperado e que as internações por coronavírus aumentarão no município até a terceira semana de janeiro. Segundo o especialista em saúde, porém, há formas de tentar reduzir os danos causados pelas festas de fim de ano.
“Realmente não deveria acontecer tudo que aconteceu aqui no final do ano. No Natal e no Ano Novo teve muita aglomeração. Bem acima do razoável, que seria no máximo de seis pessoas. Os casos vão começar a aumentar entre a primeira e a terceira semana de janeiro, e os mais graves serão internados”, apontou.
Segundo ele, a solução para amenizar o estrago agora é fazer uma redução de danos. “Pessoas que tiverem expostas, se tiverem qualquer sintoma respiratório, mesmo que leve, pensem que pode ser coronavírus. E evitem contato com os outros. Fazer o isolamento social, e quando sair usar máscaras. As medidas não mudaram”, frisa.
O prefeito Chico Sardelli (PV), em seu primeiro dia oficial no cargo, disse que o secretário de Saúde, Danilo Oliveira, vai fazer um relatório sobre a situação do coronavírus em Americana. Chico já disse que a pasta vai discutir sobre as vacinas e qual protocolo seguir, estadual ou federal.
Chico descartou, por ora, ampliação de leitos,. A informação é de que a situação está sob controle. “Dr. Danilo vai tomar pé da situação e vamos acompanhar de perto. Se tiver como vinha vindo, está sob controle. Mas se for necessário tomar medidas emergenciais, como ativar o hospital de campanha, nós ativaremos”, afirmou o prefeito.
O Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi informou que tem acompanhado diariamente a movimentação dos casos, consultas e internações, e que, por enquanto, a capacidade tem sido suficiente para o atendimento da demanda. “Se houver aumento, a instituição está preparada para absorver uma demanda maior, por meio de adequações sobre a oferta dos leitos atuais”, informou.
Nesta segunda-feira (4), a taxa geral de ocupação de leitos para Covid-19 no município era de 54% de leitos com respiradores (de 56 no total, 30 estão ocupados) e de 44% de leitos sem respiradores (de 71 no total, 31 estão ocupados).
No hospital municipal a taxa de ocupação era de 35% com respiradores (de 17 no total, seis estão ocupados) e 83% sem respiradores (de 18 no total, 15 estão ocupados).
Um dos três hospitais particulares da cidade, o São Lucas, segue com taxa alta de ocupação nos leitos com respiradores: 90% (de dez, nove estão ocupados).