A vereadora Carol Moura (Podemos) entrou ontem com um pedido de afastamento de suas funções na Câmara de Nova Odessa – dois dias após ela apresentar um requerimento para reassumir sua cadeira no Legislativo, depois de pedir exoneração do cargo de secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, que ocupava desde agosto de 2018. A licença na Câmara, por motivos médicos, requer 40 dias de descanso, e será remunerada.
Durante os primeiros 15 dias, o subsídio da parlamentar será pago pela Câmara. A partir do 16º dia, o afastamento se dá pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). Carol Moura deixou na terça-feira o governo do prefeito Bill Souza (PSDB) após a divulgação de sua prisão em flagrante por furto de roupas em uma loja da Zara , em Campinas, ocorrida em 17 de fevereiro.
A solicitação de licença da vereadora deve ser lida na sessão da próxima segunda-feira e, em seguida, a Câmara vai convocar o primeiro suplente da coligação, Wladiney Pereira Brigida (SD), o “Polaco”. Como o vereador está licenciado após uma cirurgia de coluna, no dia 22 de fevereiro, quem deve assumir é o segundo suplente, Oséias Domingos Jorge (PV).
O pedido de Carol para reassumir o cargo no Legislativo e, em seguida, pedir licença médica, é uma maneira de evitar a perda do mandato. O advogado da vereadora, Bittencourt Leon Denis de Oliveira Junior, afirmara na quarta-feira que sua cliente reunia condições plenas para retornar ao Legislativo. “Não existe impedimento jurídico ou de qualquer outra natureza que a impeça de exercer o mandato eletivo”, explicou. Carol Moura foi procurada ontem, mas não se manifestou.
ENTENDA O CASO
Carol é ré em uma ação penal por furto qualificado. A ex-secretária foi detida em 17 de fevereiro, acusada de furtar cinco peças de roupas na Zara no Shopping Parque D. Pedro, em Campinas. Ela foi liberada no dia seguinte, após Audiência de Custódia, e pagou fiança de R$ 998,00 dois dias depois, para responder em liberdade.
A defesa dela classificou como “mal-entendido” o caso no shopping. Segundo o advogado, Carol Moura tomou inadvertidamente uma dose extra de medicação para controle de ansiedade no dia do acontecido – o que teria provocado confusão mental. O advogado disse que ela se enganou ao sair da loja com as roupas.