Em clima de decisão, o Guarani joga uma cartada decisiva na Série B do Campeonato Brasileiro hoje, às 19h, no estádio Brinco de Ouro, diante do CSA. Ingredientes de sobra são colocados na mesa para contar com as arquibancadas lotadas e sonhar com a entrada pela primeira vez no grupo de classificação.
Os dois times estão separados por cinco pontos e um triunfo fará com que o Guarani encurte a distância. Os três pontos vão assegurar tranquilidade ao técnico Umberto Louzer, desde o início da competição contestado por resultados negativos, especialmente o revés para a Ponte Preta no primeiro turno.
Duas medidas foram adotadas para tocar o olimpo. A inicial veio da Comissão Técnica com a manutenção do time titular, o que o técnico considera um trunfo nesta fase de definições. “Os adversários de cima estão perdendo a gordura e o pelotão de trás encostando. Sabemos a importância da partida. É uma decisão mesmo e temos que entregar o melhor ali dentro para conseguir o objetivo dos três pontos”, disse o técnico Umberto Louzer.
Técnicas motivacionais foram lançadas e a principal foi a palestra realizada na manhã de ontem com Paulo Storani, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro, o Bope. Ele foi um dos oficiais que serviram de inspiração para o personagem Capitão Nascimento, dos filmes Tropa de Elite.
“É mais uma ferramenta. O Paulo tem vindo fazer esse trabalho dentro dos clubes. Tem uma experiência enorme e vem de encontro com o que a gente prega durante o ano. É um profissional que sabe o contexto do que está sendo vivenciado e traz uma roupagem diferente”, arrematou o técnico.
ACORDO CANCELA LEILÃO DE TERRENO DA BANDEIRANTES
Após correr risco de perder mais uma parte do seu patrimônio, o Conselho de Administração do Guarani anunciou ontem um um acordo entre clube, Justiça Civil e a Empreendimentos Martin & Maffia LTDA e que cobrava na Justiça um valor atrasado por serviços prestados.
Diante disso, é extinta qualquer possibilidade de leilão do terreno localizado na Rodovia dos Bandeirantes e que é de propriedade do clube.
Por conta de uma dívida contraída com a empresa em 2006, a área foi penhorada, um leilão foi realizado, mas nenhum comprador apareceu.
Para o presidente Palmeron Mendes Filho, a solução tomada foi a melhor possível, algo que teve a concordância do departamento jurídico.
“Esse processo se arrastava desde 2006. Com o valor atualizado da dívida, seria de R$ 3,45 milhões. Além desse valor, tinha uma multa de 10% por não ter pago a dívida e mais honorários advocatícios. Conseguimos fazer um acordo na casa de R$ 1,4 milhão. Os valores bloqueados na CBF serão revertidos para o núcleo de execuções da Justiça do Trabalho”, disse o diretor jurídico bugrino André Torquato.