sábado, 23 novembro 2024

Preço de remédio para diabetes tipo 2 varia mais de 300% em Campinas

O preço de um medicamento para o controle da diabetes tipo 2 em farmácias de Campinas varia até 336,62%. Isso é o que aponta pesquisa feita pelo Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) do município em parceria com a Fundação Procon-SP. O levantamento, feito em nove drogarias, compara os preços entre os genéricos, entre os de referência e compara ainda a média dos preços entre genérico e referência. O comparativo foi feito nos dias 9, 10 e 11 de maio de 2018.

Entre os medicamentos genéricos, a maior variação foi de 336,62% no Glibenclamida 5 mg/30 comprimidos, que foi encontrado em um estabelecimento por R$ 9,30 e em outro por R$ 2,13. Diferença em valor absoluto de R$7,17. O medicamento é utilizado para o controle da diabetes tipo 2.

Entre os medicamentos de referência, a maior variação foi o Zentel (Albendazol), do fabricante Glaxosmithkline, 400 mg, 1 comprimido mastigável, foi encontrado em um local por R$ 12,11 e em outro por R$ 3,93. O que representa uma variação de 208,14% e R$ 8,18 em valor absoluto. Esse medicamento é indicado para tratar doenças causadas por vermes e parasitas.

Segundo o Procon, comparando-se os preços médios dos genéricos com os de referência de mesma apresentação, constatou-se que, em média, os medicamentos genéricos são 56,78% mais baratos do que os de referência, o que pode representar uma grande economia ao bolso do consumidor.

De acordo com a diretora do Procon Campinas, Yara Pupo, vários fatores são determinantes de preço neste segmento do mercado, entre eles, a aplicação de descontos que pode variar de acordo com as condições locais de mercado, a rentabilidade da loja, condições comerciais de compra, entre outros.

Ainda segundo ela, em algumas drogarias de rede, há políticas comerciais diferentes para cada canal de venda (loja física, telefone e site); e há redes que são regidas pelo sistema de franquia, não havendo necessariamente uma política única de preços entre os franqueados.

Antes de uma criteriosa pesquisa de preço, diz Pupo, é interessante que o consumidor consulte a lista de PMC (Preços Máximos dos medicamentos), disponível no site da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A consulta também poderá ser efetuada nas listas de preços que devem estar disponíveis ao consumidor nas farmácias e drogarias, conforme determina a Resolução da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos).

“Munido dessas informações, o consumidor deve comparar os preços dos medicamentos entre os diversos estabelecimentos, como também os da própria rede, já que podem variar significativamente”, orienta a diretora.

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