segunda-feira, 30 setembro 2024

Pastrami: mais do que um prato

Servido em tábuas, junto de outras carnes; em porções, sozinho ou com batata frita 

Quem é interessado em Gastronomia certamente já ouviu falar ao menos uma vez de pastrami, iguaria que ganha cada vez mais espaço em restaurantes e estabelecimentos modernos.

Servido em tábuas, junto de outras carnes; em porções, sozinho ou com batata frita; ou como recheio de sanduíches, o pastrami teria origem judaica, como forma de conservar ingredientes por mais tempo, segundo o chef e proprietário do Tábula Restaurante, Carlos Santichio.

Segundo publicações especializadas, a criação do Pastrami seria atribuída a imigrantes judeus que se dirigiram aos Estados Unidos, no final do século XIX, mas com raízes no antigo Império Otomano, que remonta ao século XIII.

“No começo eles (judeus) faziam (pastrami) de aves, e, principalmente, de pato. No final do século 19, quando foram para os Estados Unidos, a carne lá era mais barata e acabaram usando o peito bovino, que se popularizou em todo o país. Um dos primeiros e mais famosos restaurantes que serve até hoje o pastrami é o Katz’s, desde 1888 servindo seu pastrami na forma de porção ou sanduíche”, informa Santichio.

De acordo com o proprietário do Tábula Restaurante, a textura do pastrami é parecida com a de uma carne de panela bem macia, como o peito bovino (o mais comum), cozido por no mínimo 10 horas.

Mas não é tão conhecido aqui no Brasil ainda, por sua origem remeter à uma cultura não muito difundida, além de possuir uma receita complexa. Mais do que um prato, trata-se de uma técnica que pode ser reproduzida com outros tipos de proteína. “Por se tratar de uma carne curada, pode ser feito com todas as proteínas”, reforça. Santichio.

O chef Carlos Santichio

Receita da casa

O pastrami oferecido pelo Tábula é totalmente preparado no restaurante, segundo informa Carlos Santichio, e leva cerca de 10 dias para ficar pronto.
“Primeiro, deixamos o peito bovino em uma marinada com especiarias, sal e açúcar, por 10 dias. Depois desses 10 dias, lavamos o peito bovino, preparamos um rub (tempero seco) para envolver a carne e levamos para o defumador por 12 horas. O resultado é uma carne com crosta de especiarias, macia e com aroma de defumada”, detalha.

E já existe, até mesmo, uma data para enaltecer a iguaria, conforme publicações especializadas: dia 15/01, Dia Internacional do Pastrami. 

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