sábado, 27 abril 2024

Férias monstruosas

Eles chegaram de fininho, sondaram o terreno e deu certo. Tão certo que agora estão em seu terceiro filme: “Hotel Transilvânia 3 – Férias Monstruosas”. Mas o que essa turma de criaturas (nada) horripilantes tem de tão especial?
Além do carisma inegável, Conde Drácula, Mavis, Dennis, Johnny e outros tantos monstrengos possuem uma capacidade imensa de arrastar multidões aos cinemas.
Somadas, as duas primeiras produções da franquia da Sony Pictures Animation arrecadaram cerca de US$ 831,5 milhões nas bilheterias mundo afora (quase R$ 3,8 bilhões) -o que explica a realização de mais uma sequência, também dirigida por Genndy Tartakovsky (“O Laboratório de Dexter”, “Samurai Jack”).
Desta vez, a narrativa gira em torno de um romance improvável entre o Senhor das Trevas, infeliz pela solidão, e Ericka Van Helsing, bisneta do maior caçador de vampiros da história.
Apesar do tema fresco e do cenário diferente – um luxuoso cruzeiro do Triângulo das Bermudas à Atlântida -, a nova aventura da família Drácula aposta na fórmula utilizada nos desenhos anteriores. E deles, herda praticamente as mesmas qualidades e defeitos.
O capricho visual não deixa dúvidas de que a Sony domina técnicas de animação digital. Os gráficos multicoloridos e os traços impecáveis constroem paisagens atraentes e personagens divertidos, cheios de expressividade e possibilidades criativas -não por acaso, o grande charme do longa são suas inúmeras gags.
As cenas frenéticas de ação, pensadas sob medida para a criançada, se intercalam com piadas manjadas, mas que ainda funcionam. Tal combinação incrementa uma trama previsível e simples.
O texto, como de costume, recorre a bordões atuais para parecer descolado. A versão dublada traz pérolas como “arrazani”, “vale night” e “miga, sua louca”. A moral se repete pela terceira vez: é preciso aceitar as diferenças…

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