domingo, 24 novembro 2024

Finanças pessoais

Por Lenise Nunes 

Quando se observam pesquisas em torno do comportamento do investidor no Brasil, facilmente conclui-se que o brasileiro não tem o hábito de constituir reservas. Em pesquisa divulgada pela ANBIMA (Raio X do Investidor 2021 4ª edição), os dados mostram queda no número de investidores em 2020 em relação às pesquisas anteriores, representando atualmente 40% da amostra, ou seja, nos leva a entender que em momento de vulnerabilidade mais da metade da população estaria sem reservas. É claro que sabemos que em 2020 a pandemia impactou o bolso do Brasileiro.
A pesquisa identificou que 55% da população teve perda de rendimento ao longo do ano, mas é interessante reforçar que a perda de emprego e renda foi maior entre as pessoas classificadas como não investidoras. Entre os investidores, 50% do total da amostra conseguiram manter a renda, e aí é possível concluir o papel dos investimentos em nossa vida. Mas por que metade da população não investe?

É claro que primeiro é preciso considerar o cenário econômico, mas também podemos citar a falta de planejamento, o consumo inconsciente, ou seja, questões ligadas à educação financeira. Poupar não depende exclusivamente de salário, e sim saber que não se deve gastar tudo que se ganha. Vamos à prática? Veja algumas dicas para começar seu planejamento financeiro. Tabule todos seus ganhos e despesas, entenda se está sobrando ou faltando mensalmente dinheiro. Primeiro passo é fazer essa conta fechar, trabalhando para que comece a sobrar.

Agora já sobra? Ótimo, vamos começar a fazer a reserva de emergência. Pense em acumular pelo menos seis vezes o seu salário mensal para gastos imediatos ou que serão usados em até um ano. Essa será sua reserva para curto prazo.

Já tem reserva de emergência constituída? Está em um investimento seguro e disponível? É importante que essa reserva esteja em alternativas conservadoras e de fácil acesso caso você precise resgatar. Para reserva de emergência recomenda-se alternativas com baixo risco e que tenham liquidez como: Poupança, CDB, RDC e fundos de investimento de baixo risco.

Tem um objetivo de médio prazo? Para esse investimento talvez você possa recorrer a alternativas com risco moderado, dado que você tem um horizonte de tempo maior para suprir variações que podem acontecer. Para investimentos de médio prazo, uma alternativa é a LCA que é isenta de Imposto de Renda.

Certamente você também tem objetivos de longo prazo, aqueles que são para mais de cinco anos. Para essas metas você poderá optar pela diversificação em alternativas de investimento mais arrojadas, que busquem potencializar os ganhos, e ainda separar uma parte para a previdência privada. Além disso, há espaço para diversificação em, por exemplo, fundos de investimento e até renda variável. Mas para identificar quais as soluções mais adequadas para você, é primordial conhecer o seu perfil de investidor, que nada mais é do que identificar o seu apetite por risco.

Uma orientação adequada facilita muito a vida financeira de quem quer investir. As instituições financeiras cooperativas oferecem, de forma segura, alternativas variadas de investimentos que cabem em todos os bolsos. Além disso, ao associar-se a uma cooperativa de crédito, além de obter rendimentos para seus investimentos, você estará colaborando para um mundo melhor a partir de um modelo que faz o dinheiro girar nas economias locais!

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