A Usiminas afirmou hoje que ainda não tem previsão sobre quando retomará a plena produção na usina siderúrgica de Ipatinga (MG), após uma forte explosão ocorrida em de seus equipamentos na sexta-feira (10), que deixou 34 feridos.
“A empresa prossegue com o plano de retomada gradual das operações, com a máxima segurança. Algumas áreas sem conexão com o setor afetado pela ocorrência, como Despacho, Laminação a Frio e Unigal (galvanização), estão reiniciando suas atividades. Até o momento, a empresa ainda não tem previsão de quando retornará a plena produção”, afirmou a companhia em comunicado à imprensa.
Na véspera, um gasômetro, grande tanque que armazena gases gerados pelo processo de produção de aço, explodiu por volta das 12h. A força da explosão, que pode ser vista a quilômetros de distância, causou pânico em Ipatinga, cidade que tem a Usiminas como principal empregadora.
As ações da Usiminas fecharam em queda de 7,27% na sexta, tendo despencado quase 11% no pior momento, logo após as primeiras notícias sobre a explosão em Ipatinga.
A usina em Ipatinga era a única da companhia a continuar produzindo aço bruto. A unidade em Cubatão (SP) parou de produzir a liga no início de 2016 em meio ao fraco crescimento da economia.
A central siderúrgica de Ipatinga emprega cerca de 6.500 trabalhadores diretos e já tinha passado por uma fatalidade na quarta-feira, quando um funcionário terceirizado morreu prestando serviços de manutenção em equipamento na área de aciaria da usina.
A usina de Ipatinga está em operação desde a década de 1960. O complexo tem três altos-fornos, dos quais o número 1 foi reativado em abril deste ano após ficar parado desde 2015 em meio à queda na demanda brasileira por aço.