sábado, 21 dezembro 2024

Por 1 voto, vereadores rejeitam cassação do prefeito em Monte Mor

Após mais de 15 horas de julgamento, Edivaldo Brischi (PTB) foi mantido no cargo

O Prefeito Edivaldo Brischi (PTB), acusado de suposto pagamento indevido ao Cismetro, consórcio que fornece profissionais de saúde para atendimento na cidade (Foto: Divulgação)

Por 9 votos a 6, os vereadores de Monte Mor enterraram a CP (Comissão Processante) e rejeitaram a cassação do prefeito Edivaldo Brischi (PTB), acusado de suposto pagamento indevido ao Cismetro, consórcio que fornece profissionais de saúde para atendimento na cidade. Como a votação possui quórum qualificado (dois terços para aceitação), era necessário o décimo voto para cassação do chefe do Executivo.

Foram contrários a cassação os vereadores Alexandre Pinheiro (PTB), Andrea Garcia (PTB) – relatora da CP -, Camilla Hellen (Republicanos), Milziane Menezes (PSDB), Pavão da Academia (MDB) e Professor Adriel (PT).

A sessão de julgamento teve início às 9h desta quinta-feira (31) e só terminou na madrugada desta sexta. O processo com cerca de 1,2 mil páginas foi lido em Plenário. O julgamento ocorreu sem a participação de público e foi transmitido via redes sociais. Durante todo o dia, houve embates entre apoiadores e opositores ao atual governo de Monte Mor.

Comemorando a manutenção no cargo, Brischi postou em suas redes sociais no início da manhã de hoje a frase: “as pessoas criam suas próprias verdades, mas a única verdade que pode prevalecer é a Verdade de Deus”.

A CP foi instaurada em 6 de dezembro e ouviu ao todo 14 pessoas, recebeu documentos e realizou diligências em postos de saúde. O objetivo foi apurar a denúncia, apresentada por um munícipe, no qual o prefeito foi acusado de “realizar pagamentos indevidos ao Cismetro (consórcio de saúde integrado pelo município) visando à quitação de serviços de profissionais lotados na UPA sem que os mesmos tenham sido prestados”.

Diante do placar, ficou decidido que Brischi não cometeu infrações político-administrativas como omissão ou negligência na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do município. 

A sessão de julgamento teve início às 9h desta quinta-feira (31) e só terminou na madrugada desta sexta (Foto: Rafael Rezende/ TodoDia Imagem)

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