A mobilização da máquina estadual, alianças com partidos de diferentes espectros ideológicos e promessas de reajuste ao funcionalismo não foram suficientes para que o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), se reelegesse contra João Doria (PSDB), que colou no adversário a imagem de comunista e aliado ao PT.
O pessebista, que chegou ao segundo turno com uma diferença de apenas 89 mil votos em relação ao terceiro colocado, Paulo Skaf (MDB), terminou a eleição no domingo com 48,2% dos votos válidos, contra 51,7% do tucano.
Em pronunciamento após a derrota, continuou pregando a conciliação e disse que ninguém deve guardar rancor a partir de janeiro, quando o mandato de Doria se inicia, ou “torcer para dar errado”. “Saio com mais vontade de fazer política”, afirmou.
França disse que há vitórias eleitorais que são derrotas políticas e derrotas eleitorais que são vitórias políticas. “A gente, claro, sai frustrado porque não era o que a gente queria. Mas eu tenho a compreensão que eleição é assim: acaba uma, começa a outra. Foi assim a minha vida toda”, disse o governador.
Ele afirmou que telefonou a Doria para parabenizar pela vitória. “Liguei para o João Doria agora há pouco, desejei a ele toda a sorte do mundo, que ele tenha sucesso. Acima de nós está todo o povo de São Paulo, os brasileiros. Eu tenho uma expectativa que a gente possa unir o Brasil, reunificar as pessoas”, afirmou.
Emocionado, agradeceu a Geraldo Alckmin (PSDB) pelo convite para ser vice em 2014.
Ele assumiu o governo em abril, após a renúncia do tucano, que disputou as eleições presidenciais. No telefonema a Doria, França disse que tirará uma semana para se recuperar de uma pneumonia dupla diagnosticada nos últimos dias e que, após esse período, estará à disposição para falar sobre a transição.