A ideia é apresentar ao mundo receitas que vão além da feijoada e da caipirinha
O País passa a contar, a partir de agora, com uma iniciativa específica para incentivar o turismo através da gastronomia. O anúncio do projeto Brasil em Sabores foi feito entre o final do mês de abril e o início de maio no Festival Fartura Brasil, que aconteceu em Inhotim (MG).
A ideia é apresentar ao mundo receitas que vão além da feijoada e da caipirinha. Por isso, o Ministério das Relações Exteriores e o Instituto Capim Santo – que conecta pessoas em situação de risco e vulnerabilidade por meio da democratização da gastronomia, para gerar mobilidade social – se uniram para eleger cinco chefs-embaixadores, um em cada região, e outros cinco jovens chefs “pupilos”. Estes últimos ficarão responsáveis pela realizarão de residências gastronômicas em 5 embaixadas brasileiras, uma em cada continente, preparando pratos que representem a culinária de suas regiões.
Ao final da experiência, os chefs-embaixadores se juntarão aos seus “pupilos” em cada localidade para promover a culinária nacional e os produtos agrícolas utilizados na alimentação brasileira.
Com a iniciativa, o que se pretende é apresentar a diversidade da cozinha brasileira a diplomatas, políticos e formadores de opinião. E o projeto pode servir de base para a elaboração de outras campanhas de divulgação da gastronomia brasileira no exterior.
Os chefs-embaixadores eleitos no evento de Inhotim (MG) foram Morena Leite (Nordeste), Manu Buffara (Sul), Janaína Rueda (Sudeste), Paulo Machado (Centro-Oeste) e Saulo Jennings (Norte). Já os “pupilos” escolhidos pelos embaixadores são Romário Santos (Nordeste), Lucas Correia (Sul), Julia Aguiar (Sudeste), Lucas Caslu (Centro-Oeste) e Ricardo Branches (Norte).
Culinária como ferramenta de diplomacia
Conforme o artigo científico da graduanda do curso de Relações Internacionais Maria Rita Martins do Couto Parreira, apresentado em 2019 ao Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia (MG), a culinária é utilizada como ferramenta de diplomacia há milhares de anos.
“Mas somente recentemente alguns países fazem uso dela em programas governamentais, com o objetivo de expandir sua comida como meio de expressão cultural para atrair a população estrangeira”. Entre esses países, segundo reforça o artigo, estão Peru, Tailândia, Coréia do Sul e Malásia.