sábado, 27 abril 2024

Espanhóis são os ‘vencedores’ de leilão

O leilão de linhas de transmissão de energia promovido pelo governo ontem atraiu forte concorrência entre grandes grupos do setor e gerou investimento recorde para um certame do gênero: R$ 13,2 bilhões.

Foram leiloados 16 lotes, com 7.152 quilômetros de linhas e subestações em 13 estados do país.

Tal como nos últimos leilões de transmissão, os descontos oferecidos pelas empresas foram altos.

A concorrência ficou clara pela longa fila em frente à sede da B3, no centro de São Paulo, onde o leilão é realizado. O certame estava marcado para iniciar às 9h, mas teve atrasos devido à grande quantidade de participantes e problemas no processo de credenciamento.

No setor elétrico, os preços nos leilões têm tetos. Quanto maior o desconto -chamado de deságio-, menor será o valor que o consumidor vai pagar na tarifa de energia.

O grande vencedor do certame foi a Neoenergia, controlada pelo grupo espanhol Iberdrola. A companhia arrematou quatro dos maiores lotes ofertados: dois deles no Sul do país e outros dois no Rio de Janeiro. Somados, eles preveem R$ 6,1 bilhões em investimentos e uma receita anual de R$ 500 milhões, em contratos de 30 anos.

Outro grupo que se destacou foi o Consórcio Chimarrão, formado pela Cymi, de um grupo também espanhol, e a Brookfield. Eles arremataram um lote no Rio Grande do Sul, com previsão de investimentos de R$ 2,43 bilhões e receita anual de R$ 219,5 milhões.

Os indianos da Sterlite Power, que foram os grandes vencedores do último leilão de transmissão, realizado em junho, fizeram lances em diversos lotes, mas levaram apenas um, também no Rio Grande do Sul, com investimento de R$ 776 milhões e receita anual de R$ 74,7 milhões.

O prazo para que os empreendimentos entrem em operação comercial varia entre 48 e 60 meses, o que significa que boa parte desses recursos serão investidos nos próximos cinco anos.

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