Consumidora acredita se tratar de uma carcaça de rato
Uma moradora de São Vicente, no litoral de São Paulo, encontrou um ‘corpo estranho’ dentro da embalagem de um molho de tomate industrializado na última quarta-feira (29). Um dia antes, ela contou ter comido parte do produto, que foi usado em uma macarronada, que a fez passar mal. Segundo a mulher, a empresa a procurou e afirmou que havia a possibilidade de ser bolor, mas ela acredita se tratar de uma carcaça de rato.
A tosadora de pets Luciene Valentim, de 39 anos, afirmou ao g1 que usava o molho de tomate quando o bico da caixinha entupiu. Ela abriu a embalagem para aproveitar todo o produto quando encontrou o tal ‘corpo estranho’. “Trabalho com animais. Sei o que é e vi um corpo de rato”, afirma.
Luciene conta que limpou o ‘corpo estranho’ e acionou a ouvidoria do fabricante do molho de tomate. A resposta chegou por meio de uma mensagem do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa, afirmando que ela deveria aguardar de 12 a 15 dias úteis para a coleta e reposição do novo produto.
“Ainda falei que não queria nada deles. Então me disseram para aguardar e colocar o corpo na geladeira porque eles iriam fazer testes para identificar”, contou a mulher.
Luciene relata que chegou a passar mal no dia anterior, quando usou o molho de tomate em uma macarronada de almoço. Disse ter tido vômitos, mal-estar e diarreia. Ela contou que só foi associar os sintomas ao consumo do produto depois que encontrou o elemento não identificado dentro da caixinha. Ao levantar a hipótese de poder ser um rato ela revela ter pensado que “iria morrer”.
A tosadora explica que não apresenta mais sintomas e, portanto, não procurou um médico. No entanto, ela garante que não consegue comer nada desde a descoberta. “Ainda estou meio perdida com o que aconteceu. Minha reação foi apenas ter nojo e calafrios”, ressaltou.
Segundo Luciene, a empresa entrou em contato por telefone e ressaltou que o ‘corpo estranho’ poderia ser bolor por armazenamento inadequado. Os técnicos devem comparecer à casa dela para realizar os testes no produto na próxima terça-feira (5) e o valor do molho de tomate será ressarcido.
Empresa
Em nota, a Cargill confirmou que a consumidora entrou em contato com a empresa no final da manhã de 29 de junho, quando afirmou ter feito o atendimento e esclarecimento sobre o produto. Com o lote informado pela consumidora e imagens enviadas por ela, foi realizada uma nova checagem na linha produtiva e confirmado que não houve qualquer tipo de contaminação.
“O produto é envasado em uma máquina que possui um sistema asséptico com circuito fechado, sem contato com o meio externo e que não permite desenvolvimento de microrganismos. Se esse circuito fosse rompido de alguma forma, a máquina automaticamente descartaria todo o produto em linha e entraria em processo de limpeza”, diz, em nota.
Via G1