segunda-feira, 25 novembro 2024

Apesar de forte chuva, blocos tradicionais lotam ruas do Rio de Janeiro

O Cordão da Bola Preta arrastou cerca de 500 mil pessoas neste sábado (2) pelas ruas do centro do Rio, segundo a RioTur. O bloco é o mais antigo da cidade e completa 101 anos em 2019. De acordo com a empresa de turismo da Prefeitura do Rio de Janeiro, o público supera 1 milhão de foliões nas ruas até o final da tarde de sábado.

Outro tradicional bloco do Carnaval carioca, a Banda de Ipanema só terminaria sua festa de noite. A Bola Preta espalhou uma multidão pelas ruas do centro do Rio. A atriz Paolla Oliveira foi a rainha. A Polícia Militar registrou incidentes no desfile. Em um deles, militares chegaram a lançar gás de pimenta para conter uma confusão provocada por uma tentativa de furto.

O início do sábado de Carnaval foi marcado pelo caos no trânsito na região central. Quatro carros alegóricos de duas escolas de samba que desfilaram na madrugada foram deixados numa das saídas da rodoviária Novo Rio.
O trânsito praticamente parou no final da manhã. O engarrafamento se estendeu até Benfica, na zona norte. De acordo com a concessionária que administra a rodoviária, ônibus atrasaram até duas horas.

Segundo Joaquim Dinis, presidente da CET-Rio (Companhia de Engenharia de trânsito), os carros alegóricos teriam que ser estacionados na avenida Rodrigues Alves, antes da rodoviária, e as duas escolas de samba (Unidos da Ponte e Alegria da Zona sul) seriam multadas. De tarde, o Terreirada Cearense levou ritmos nordestinos ao Carnaval carioca pelo oitavo ano seguido. O grupo desfilou na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, zona norte da cidade. O espetáculo, idealizado pelo músico Geraldo Junior (Junú), é inspirado na cultura popular da região do Cariri (CE), com canções autorais e do sertão.

Neste ano, o Terreirada contou a história da perseguição e destruição do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, comunidade religiosa que existiu no Cariri na década de 1930. A história conta que seus integrantes foram brutalmente assassinados pelo Estado, sob o pretexto de combate ao comunismo e ao fanatismo religioso.

A norte-americana Courtney Allen, 28, produziu um estandarte em homenagem a Marielle Franco, vereadora carioca assassinada há quase um ano em crime ainda não solucionado pelas autoridades. “Esse ano uma das apresentações vai homenagear pessoas guerreiras, de resistência. A Marielle não poderia ficar de fora da lista”, disse.

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