domingo, 22 dezembro 2024

Vote consciente!

 Precisamos ser mais conscientes em nossas escolhas e não fazer votos de protesto

MARCOS BARBOSA /JORNALISTA E APRESENTADOR

As eleições se aproximam. Estamos a menos de um mês do primeiro turno, em 2 de outubro. Você já sabe o número dos seus candidatos e os planos de governo deles? Se não sabe, sugiro buscar se informar. O tempo é curto, mas ainda dá pra se preparar! Apesar dos poucos debates e entrevistas, principalmente dos candidatos à Presidência, precisamos lembrar que o voto em senadores, deputados federais e estaduais é de suma importância. Boa parte das decisões ficam a cargo deles. Afinal, formam o Poder Legislativo. Neste ano, também elegemos o governador do Estado. Após mais de 25 anos no poder, o PSDB vem perdendo força nas pesquisas, demonstrando que o PT pode assumir a partir de 1º de janeiro. Ter Haddad como governador e Lula como presidente facilitariam ainda mais recursos para São Paulo, então bora pensar direito, galera!.

Diferente de 2018, precisamos ser mais conscientes em nossas escolhas e não fazer votos de protesto. Muita gente fez parte do rebanho que elegeu Bolsonaro e hoje paga o preço pelo governo caótico que se impôs. Não adianta culpabilizar a pandemia ou os rombos deixados pelo governo anterior. Fato é que se você se propõe a estar no poder, fazer política e trabalhar a cargo da população brasileira, tomando as melhores decisões para o povo, é obrigação de qualquer chefe de Estado dar conta do recado. Se estivessem bem preparados, dariam!.

Precisamos de um representante que se dê ao respeito e que não trate a população como lixo. Diminuir o valor do combustível, botijão de gás e criar benefícios para a população no último semestre de governo, em plena campanha eleitoral, não aponta melhora. Pelo contrário, demonstra, mais uma vez, a tentativa de manobra popular e indução ao voto para a reeleição.

O pior é que ainda ouviremos “antes de sair, no meu governo, o etanol estava em R$ 2,79 e o gás abaixo dos R$ 100”. Para uma foto postada com uma legenda convincente faz até sentido, mas para quem viveu na pele o arrocho salarial, e aos mais de 33 milhões de brasileiros à margem da fome novamente, esse discurso não cola. Me indigna pessoas de classe C apoiando o atual presidente. É como ser oprimido e aplaudir o opressor.

Não temos a cultura de assistir ao horário político, e no formato em que é colocado ao ar, é desinteressante mesmo. Mas cabe a nós pesquisarmos, mesmo que pela internet, os planos oferecidos, projetos que já foram legislados e propostas aprovadas ou em trâmite ao longo da vida pública. Votar em quem está lá para tumultuar e “hitar” na internet, não dá mais.

Para quem aponta que não houve corrupção no atual governo federal, abra espaço à negociata de aquisição da vacina Covaxin. Reveja os escândalos no Ministério da Saúde e também da Educação.

Bom relembrar também a fala do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que em meio à pandemia, em reunião, pediu para passarem leis que permitiam desmatamento e venda ilegal de madeira extraída de àreas de preservação. Embora tenha me estendido acerca dos escândalos, é importante ressaltar também o período em que Manaus ficou por 9 dias sem oxigênio em hospitais públicos, por negligência na compra do insumo. Durou menos tempo pela boa vontade de artistas que se uniram para ajudar em meio à crise. Você quer um país melhor? Vote em quem faça e tenha boas referências de governo e vida pública. Não é a Globo, não é fake news! É a história e o depoimento de brasileiros que viveram e enfrentaram o dia a dia de terror do governo Bolsonaro.

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