Dois irmãos praticam o mesmo esporte. O mais velho, com técnica e experiência, parece destinado à glória. Mas é ultrapassado pelo caçula, que compensa a imaturidade profissional com vigor e ousadia. Por conta da inveja e pelo ressentimento, o laço entre os dois se enfraquece.
Parece enredo de novela? Pois é da série “Irmãos Freitas”, que dramatiza a história real dos boxeadores baianos Acelino “Popó” Freitas e seu irmão Luís Cláudio.
O projeto nasceu como um filme, idealizado pelos diretores Walter Salles (“Central do Brasil”) e Sergio Machado (“Cidade Baixa”). Não tardou para que os dois percebessem que a saga dos Freitas renderia um seriado de TV, com várias temporadas.
“Não é uma série exclusivamente sobre boxe”, conta Marcelo Tamburri, vice-presidente de desenvolvimento de conteúdo da Turner para a América Latina. “É uma história de superação, de dois irmãos em busca de um lugar e da aceitação de quem deveria ter este lugar.”
“É o melhor papel da minha carreira”, diz o ator Daniel Rocha, que foi escolhido entre 800 candidatos.
Tanto empenho rendeu a Daniel Rocha um nariz quebrado em cena. “Era tanto sangue, mas tanto sangue, que o diretor achou que eu estava maquiado”, ri o ator. “Também quebrei o chamado ‘osso do boxeador’, na mão esquerda.”