Outras duas pessoas presas na Praça dos Três Poderes com rojões, facas, cartuchos de gás lacrimogêneo também foram denunciadas.
Hoje, a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncias contra 137 pessoas que foram presas em flagrante devido à invasão no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Suprema Corte ocorrida em 8 de janeiro. Além disso, outras duas pessoas que foram detidas na Praça dos Três Poderes portando rojões, facas e cartuchos de gás lacrimogêneo também foram acusadas.
Os suspeitos são acusados de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O documento foi assinado pelo Subprocurador-Geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do Ministério Público Federal.
Segundo relatos da peça enviada à STF pela PGR, os investigados teriam participado ativamente dos atos destrutivos nos prédios e gritavam palavras de ordem para depor o governo legitimamente constituído. O objetivo seria implantar um governo militar para impedir o exercício dos Poderes Constitucionais.
Até então, 835 pessoas foram denunciadas – sendo 645 delas incitadoras, 189 executores diretos e um agente por omissão – mas nenhum julgamento foi realizado sobre as acusações. O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso.
No último dia 8, a PGR manifestou seu apoio à soltura de 12 presos por envolvimento nos atos antidemocráticos e optou por conversão por medidas cautelares com proibição de frequentar estabelecimentos militares e manter contato com outros investigados. Hoje existem 611 homens e 305 mulheres presos em Brasília ligados a esses atos; 460 já haviam sido soltos anteriormente, mas seguem monitorados por tornozeleiras eletrônicas.