Na noite dessa sexta-feira (26), o Brasil teve reconhecimento internacional em um dos maiores festivais de cinema do mundo. O longa-metragem “A Flor do Buriti” do português João Salaviza e da brasileira Renée Nader Messora, produzido por Julia Alves e Ricardo Alves Jr. pela produtora mineira Entre Filmes foi premiado no Festival de Cannes, na França.
O filme recebeu o prêmio de Melhor Equipe na mostra Un Certain Regard (Um Certo Olhar), que traz em uma mostra paralela à seleção oficial, filmes com uma linguagem mais experimental, lançando novos talentos durante a programação do festival.
O filme, que foi recebido com muito entusiasmo pelos participantes em sua primeira exibição na terça-feira (23), narra a história de resistência do povo indígena Krahô, narrando seu passado, presente e as lutas enfrentadas em suas terras, na aldeia de Pedra Branca no Tocantins, pelo futuro da comunidade Krahô.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, fez parte do longa e, durante sua passagem pelo festival, foi premiada no último domingo (21) com o prêmio Amazon Fund Alliance Program (Programa Aliança Fundo Amazônia), que visa arrecadar fundos para a causa ambiental da Amazônia e dos povos indígenas.
No total, quatro filmes brasileiros estão participando do festival. Além do já premiado A Flor do Buriti, participam das mostras do festival, os filmes: “Firebrand”, longa-metragem do diretor Karim Aïnouz, concorrendo a Palma de Ouro, prêmio principal do Festival; o filme “Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema”, dirigido por Ivelise Ferreira, Aída Marques participou da mostra Cannes Classic; e “Retratos Fantasmas” de Kleber Mendonça Filho, que já participou duas vezes da premiação com os filmes Aquarius e Bacurau. O diretor não participou da premiação desse ano, mas teve a exibição oficial de seu filme no festival.
O Festival que acontece desde 16 de maio termina nesse sábado (27), com a entrega do mais conceituado prêmio concorrido, a Palma de Ouro, que premia o melhor filme exibido no festival.