A Polícia Civil do Distrito Federal e o MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) realiza na manhã desta quinta-feira (2) uma operação para apurar fraudes em contratos para aquisição de testes para detecção da Covid-19 pelo governo do Distrito Federal.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no DF e em sete Estados (São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e Paraná). Entre os alvos da operação, batizada de Falso Negativo, estão servidores da Secretaria de Saúde do DF, incluindo o subsecretário de Administração Geral, Iohan Andrade Struck, e o diretor do Laboratório Central do DF, Jorge Antônio Chamon Jr.
Os mandados envolvem buscas no Laboratório Central do DF, na Farmácia Central, na Secretaria de Saúde do DF e residências dos responsáveis pelas compras.
São apurados crimes de organização criminosa, fraudes em licitação, cartel, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa.
De acordo com as informações do inquérito, existem fortes indícios de superfaturamento na aquisição de insumos e evidências de que marcas adquiridas seriam imprestáveis para a detecção eficiente da Covid-19 ou de baixa qualidade nessa detecção.
O somatório do valor das dispensas de licitação sob investigação supera R$ 73 milhões. Estima-se, segundo informações preliminares, que as fraudes cheguem a R$ 30 milhões.
Em nota, a Secretaria de Saúde do DF negou irregularidades.