A Secretaria de Saúde promove neste mês a campanha “Julho Amarelo: Não vamos deixar ninguém pra trás”. A decisão alerta sobre as hepatites virais e a necessidade de conscientização, a prevenção e o tratamento da doença. A medida atende a Lei 6.704/2022, sancionada pelo prefeito Mario Botion.
A DOENÇA
De acordo com a Secretaria de Saúde, a hepatite é uma inflamação do fígado causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, causando alterações leves, moderadas ou graves. Assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
As hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelo vírus A, B e C. Tem o vírus da hepatite D, que é mais comum na região Norte do país. E o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil.
“As hepatites virais são um grave problema de saúde pública em todo mundo, principalmente as hepatites B e C, que podem cronificar e permanecer no organismo humano por décadas, causando sérios danos ao fígado de forma silenciosa”, explica a diretora de Vigilância em Saúde, Renata Martins.
SINTOMAS
Para identificar os tipos específicos de hepatite virais, o sistema público de saúde oferece exames sorológicos e, para casos específicos das hepatites B e C, são realizados testes rápidos.
Tem casos infecciosos de hepatites nem sempre apresentam sintomas. E quando presentes podem ser: fadiga, dores musculares e nas articulações, dores e inchaços abdominais, perda de apetite, náuseas, febre baixa, urina escura, olhos e pele amarelados.
PREVENÇÃO
As hepatites A e E tem propagação feca-oral por meio de água e alimentos contaminados, o que fortalece a importância do saneamento básico e da higiene pessoal e também dos alimentos.
As hepatites B, C e D, são doenças sexualmente transmissíveis e que pode ser contraída por meio de relações sexuais sem proteção, transmissão vertical que é durante a gestação, parto ou através da amamentação e o compartilhamento de materiais infectados, principalmente os objetos perfurocortantes.
Segundo a Secretaria de Saúde, a vacina está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) para os tipos A e B. Além disso, quem se vacina para o tipo B, também se imuniza contra o tipo D, visto que a replicação do vírus da hepatite D depende da infecção do vírus da hepatite B.
“Para os demais vírus, não há vacina. Por isso, há a necessidade de ainda mais atenção com os cuidados de prevenção e de diagnóstico precoce”, esclarece Renata.
TRATAMENTO
O tratamento para hepatites transforma de acordo com as causas e os tipos virais. Geralmente, é recomendado repouso, se hidratar, ter uma boa alimentação e suspender o consumo de bebidas alcoólicas e também alguns medicamentos por um tempo, para impedir mais danos ao fígado e ter uma recuperação mais rápida.
Para alguns casos, pode usar medicamentos específicos e para casos mais graves podem levar à hospitalização e ao transplante de órgãos.
ATENDIMENTO
O diagnóstico pode ser realizado em qualquer unidade de saúde, seja por exames sorológicos ou testes rápidos (no caso das hepatites B e C). O acompanhamento e tratamento são realizados no Serviço de Moléstias Infectocontagiosas de Limeira (Semil).