segunda-feira, 25 novembro 2024

Abilio Diniz abre fundo multimercado para pequenos investidores

A gestora O3 Capital, controlada pela Península Participações do bilionário Abilio Diniz, abriu para investimentos nesta quinta-feira (6), disponibilizando seu fundo multimercado (que combina diferentes tipos de ativos) para investidores institucionais e de varejo.
Batizado de O3 Retorno Global, o fundo combina ativos brasileiros e no exterior, com foco em os Estados Unidos e China.
“Os EUA estão com a vacinação super avançada, com pacotes fiscais importantes e taxas de juros perto de zero. É um país com o pé no acelerador. A China conseguiu sair do lockdown mais rápido, e está em um período de ajuste da economia”, afirma Daniel Mathias, diretor de investimentos da O3.
Segundo ele, o fundo combina investimentos em ações, juros, moedas e matérias-primas.
O fundo em si já está ativo desde o fim de 2020, mas, pelas regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a rentabilidade só pode ser divulgada com seis meses de atuação. Neste caso, em junho.
De início, são R$ 1,5 bilhão de patrimônio no fundo, vindos da família Abilio Diniz, que não podem ser resgatados em três anos. Além de sócio majoritário da O3 por meio da Península, o empresário é o mentor da equipe de gestores, com participação no conselho da gestora.
“Faz poucos anos que cheguei no mercado financeiro. Não vou dar palpite, deixo com os gestores, mas na parte macroeconômica eu coloco as minhas opiniões”, afirma Diniz.
O fundo está disponível para aportes a partir de R$ 1 mil para pequenos investidores e de R$ 5 mil para os qualificados (quem tem mais de R$ 1 milhão). Por enquanto, ele está disponível apenas pelas plataformas do Banco Inter, BTG Digital, Modal, Órama, Vitreo e Warren, além do site da própria O3.
A taxa de administração é de 2% ao ano tanto para investidores em geral como para os qualificados, e a taxa de performance é de 20% sobre o CDI. O resgate de cotas tem prazo de 30 dias, com liquidação em 31 dias. A administração do fundo é do BTG Pactual.
Os gestores da O3 também são sócios do negócio, com 49,9% do capital. A Península detém o restante da empresa, que foi criada há sete anos para gerir ativos da família Diniz, que também tem investimentos relevantes em imóveis. Ao todo, o patrimônio gerido pela Península é de R$ 12 bilhões.
“Nossa cultura de capital proprietário nos trouxe ensinamentos importantes sobre a melhor maneira de tomar risco, sempre pensando no longo prazo”, diz Eduardo Rossi, vice-presidente da Península.
Segundo ele, a O3 foi concebida para otimizar a gestão do patrimônio da Península. “Tínhamos portfólios em fundos de terceiros e percebemos que nossa gestora era tão boa, ou melhor que os ativos que tínhamos na carteira.”
A ideia de abrir ao público veio depois, há cerca de quatro anos. Desde então, a equipe estrutura o melhor modelo para receber alocações do varejo.
“A sensação que eu tenho é que a gente deveria ter aberto antes, mas agora estamos abrindo com tudo redondo. O dinheiro de terceiros vai ajudar o agente a performar ainda melhor”, afirma Rossi.
Segundo Diniz, todos os gestores da O3 vão investir 50% do patrimônio líquido próprio no fundo.

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